Mudanças climáticas, desastres naturais
e prevenção de riscos

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Ciência: O bocejo é mais do que um sinal de sonolência ou tédio. É uma forma de resfriar o cérebro.


* Ricardo Teixeira

O bocejo é mais do que um sinal de sonolência ou tédio. É uma forma de resfriar o cérebro.O bocejo pode ser observado em todas as cinco classes de vertebrados, o que sugere que deva existir uma função adaptativa para esse fenômeno. Uma das formas de explicar o bocejo e seu caráter contagiante é a sua utilidade do ponto de vista social, com o potencial de sincronizar o conhecimento de um mau estado da mente ou do corpo num grupo de pessoas.

Apesar da existência de inúmeras outras teorias que tentam explicar a razão biológica do bocejo, pouquíssimos estudos experimentais foram realizados para avançar esse conhecimento. Recentemente, uma pesquisa publicada pelo periódico Frontiers in Evolutionary Neuroscience apontou que o bocejo é mais frequente em épocas do ano em que a temperatura do ambiente é menor que a do corpo, sugerindo que ele serve literalmente para esfriar a cabeça. A temperatura habitual do cérebro é de 37º C com flutuações de 0,5º C.

Os pesquisadores avaliaram a frequência de bocejo de 160 norte-americanos do Arizona ao serem apresentados a imagens de gente bocejando, já que o bocejo tem o seu componente contagioso. Os resultados mostraram que no inverno as pessoas bocejam mais e isso independe de outros fatores, como umidade e tempo de sono na noite anterior. Quase metade dos voluntários do estudo bocejou durante o teste no inverno (temperatura média: 22º C) enquanto no verão (temperatura média: 37º C) a frequência foi de apenas um quarto. Além disso, no verão, a frequência de bocejo foi menor à medida que se ficava mais tempo em ambiente externo. Este efeito da temperatura ambiente já havia sido demonstrado entre pássaros e macacos.

Um dos pesquisadores da atual pesquisa já havia publicado, em 2010, resultados revelando que o bocejo e o espreguiçar de um ratinho são desencadeados por aumento na temperatura do cérebro, que por sua vez diminui logo após a realização de cada um dessas duas ações. O efeito de resfriamento do bocejo seria o resultado de uma maior troca de calor com o ambiente através das vias aéreas e até mesmo pelo ato de se espreguiçar. Essa troca de calor também é favorecida pela abertura da mandíbula e o consequente aumento do fluxo sanguíneo cerebral. Esses resultados apoiam a ideia de que uma disfunção da regulação térmica do corpo represente a principal explicação para os bocejos excessivos que podem acompanhar alguns transtornos neurológicos como a esclerose múltilpa.

Há evidências também de que o bocejo facilita a ativação do córtex cerebral em situações de transição de estado, como por exemplo, do sono para a vigília. Em animais, já foi demonstrado que o bocejo ocorre com maior frequência na antecipação de eventos estressantes e em mudanças súbitas de um estado de alto grau de atividade para a calmaria. Entretanto, o mais provável é que o resfriamento cerebral seja a forma pela qual o bocejo colabore para a modulação cerebral nessas situações.

* Ricardo Teixeira é doutor em Neurologia e pesquisador do Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo (Labjor) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Dirige o Instituto do Cérebro de Brasília.

Fonte: Envolverde.

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Crônica: Os 4 Is da Inovação!

* Sérgio Mascarenhas

O mecanismo do processo inovativo tem uma estrutura que está ligada à dinâmica do funcionamento da própria Inovação. É o que procuraremos discutir nesta crônica. Em primeiro lugar, chamamos atenção para a conceituação que todos os sistemas, por mais complexos que sejam, terão sempre duas grandes sub-estruturas: Sua Anatomia e sua Fisiologia. Usando o conceito de que todos os processos podem sempre ser bio-modelados, essa divisão é obvia. Chegados a essa rota conceitual é obrigatória a introdução da Evolução como um processo vinculado necessariamente ao modelo epistemológico a ser introduzido para discussão da Inovação até aqui.

O cenário nos parece bem construído, mas surgem de imediato as questões mais duras e difíceis: como fazer essa análise tanto da Anatomia como da Fisiologia da Inovação? Minha proposta: a própria Anatomia requer e induz uma Fisiologia! Parece uma resposta tautológica? Mostrarei que não, de uma maneira muito simples: usando uma metáfora linguística. A estrutura compõe-se de quatro letras iguais conotando ao mesmo tempo a Anatomia e a Fisiologia. Tomo quatro letras I maiúsculas indicativas dos seguintes processos: I de Invenção; I de Imitação; I de Interdisciplinaridade e I de Imperfeição.

Essa estrutura (Anatômia) contem interações que são a própria (Fisiologia) subjacente ao processo global da Inovação! E contém forçosamente também a natureza evolutiva da Inovação. Invenção é o primeiro salto para o Universo Inovativo. Pensem num feto humano, por exemplo. Constituído o embrião, ele se reinventa continuamente apesar de altamente vinculado pela sua genômica, mas esta, também através de interações com o ambiente externo, recebe continuamente estresses evolutivos e cria-se um sinergismo evolutivo.

Imitação é fundamental como uma fonte de conhecimentos e informações muito econômicas, sob o ponto de vista de gasto energético, isso é, da termodinâmica do processo de aprendizagem e aquisição de conhecimentos que o alimentam. Todos nós sabemos da sociologia a tremenda importância da Imitação no processo evolutivo. Mas as várias fontes disponíveis de informação e conhecimentos exigem que a diversidade dessas mesmas fontes ocasionem vantagens comparativas entre os processos evolutivos: quanto mais ricas as disciplinas, áreas, fontes de conhecimento, sua Interdisciplinaridade, maior será tanto a taxa como a quantidade e mesmo a qualidade da Inovação!

Chegamos agora ao que considero o componente mais importante dos Is: o que está ligado à Imperfeição. É esse fundamental elemento que introduz a Complexidade nos sistemas inovativos! Suas bifurcações conduzem a processos de enorme não-linearidade através das incertezas inerentes à sua própria natureza intrínseca e isso leva à Complexidade conceito fundamental que afeta tanto a Anatomia como a Fisiologia obrigando-as a varrer o espaço das fases das suas configurações em um riquíssimo processo espaço-temporal.

As inovações funcionam como atratores-caóticos das quais o próprio sistema pode gerar novas inovações! A perfeição é estagnante, mas a Imperfeição gera novas trajetórias continuamente. O mundo das incertezas é o mais rico e inovativo dos disponíveis para qualquer sistema, seja um grupo social, uma estrutura econômico-financeira ou qualquer outro sistema material. Faço então uma paráfrase à Descartes: Erro logo Existo!

* Sérgio Mascarenhas é professor e coordenador do Instituto de Estudos Avançados (IEA) de São Carlos da Universidade de São Paulo (USP).

Fonte: Jornal da Ciência.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Ciência & Tecnologia: Estudo confirma validade da Teoria da Relatividade de Einstein no espaço


Uma equipe de astrofísicos confirmou que a teoria da relatividade geral de Albert Einstein é válida em escala cósmica, e não só no sistema solar, ao comprovar que a gravidade influi na luz procedente de longínquos conglomerados galácticos, segundo estudo publicado na edição desta quarta-feira da revista Nature.

Por puro acaso, esta pesquisa, que ainda precisa de confirmação, foi publicada alguns dias depois de uma descoberta que lançou dúvidas sobre a teoria de Einstein. Uma equipe de físicos detectou neutrinos, partículas elementares da matéria, deslocando-se a uma velocidade sutilmente superior à da luz, um "limite insuperável" segundo a teoria da relatividade.

Muito antes deles, Radek Wojtak (Dark Cosmology Centre, da Universidade de Copenhague) e seus colegas tentavam confirmar a teoria de Einstein, analisando a luz que chega à Terra de galáxias situadas nos 8.000 conglomerados, cada um dos quais é formado por milhares de galáxias.

Segundo esta pesquisa, a gravidade garante a coesão dos agrupamentos, mas também influi na luz que cada uma das galáxias emite no espaço.

De acordo com a teoria de Einstein, a frequência da luz diminui e seu comprimento de onda se amplia por efeito da gravidade. Como consequência disso, ocorre um desvio do espectro luminoso para o vermelho ("redshift") gravitacional, diferente do que provoca o distanciamento das galáxias.

Comparando o comprimento de onda da luz procedente das galáxias situadas no coração dos conglomerados, onde a gravidade (atração universal) é mais forte, ao das galáxias situadas na periferia, a equipe de astrofísicos conseguiu medir "pequenas diferenças em seu 'redshift'", explicou Radek Wojtak.

"Vimos que a luz das galáxias situadas no meio de um conglomerado demora para sair do campo gravitacional, enquanto que a luz das galáxias periféricas emerge mais facilmente", acrescentou o cientista em um comunicado.

Uma vez calculada a massa de cada conglomerado galáctico, os astrofísicos usaram a teoria da relatividade geral para avaliar o "redshift gravitacional" das galáxias segundo sua posição no conjunto.

Estes "cálculos teóricos" do 'redshift' gravitacional se mostraram "completamente em consonância com as observações", reforçou Wojtak. O desvio para o vermelho varia "proporcionalmente em função da influência gravitacional dos conglomerados galácticos", acrescentou.

"Nossas observações confirmam, assim, a teoria da relatividade", destacou.

Foram feitos testes na escala do sistema solar ou de algumas estrelas. Por enquanto, foi "comprovada a escala cósmica e isto confirma que a teoria da relatividade geral funciona", concluiu o cientista.

A equipe de astrofísicos comparou os resultados obtidos com as previsões de vários modelos cosmológicos. Segundo Wojtak, há "fortes indícios da presença de uma energia escura" responsável pela aceleração da expansão do universo, mas ele não descarta que possa haver outros motivos.

Segundo cálculos baseados na teoria da relatividade geral, uma energia escura de natureza desconhecida representa 72% do universo. Uma matéria escura misteriosa, invisível, constituiria 23% e teria 5% de matéria visível, formada, por exemplo, de estrelas e planetas.

Fonte: Google Notícias e AFP.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Inscrições para Ciência Viva terminam nesta sexta-feira

Os interessados em participar da feira Ciência Viva deverão se inscrever até sexta-feira, dia 30, na Associação Comercial e Industrial de Uberlândia (Aciub), que fica na Av. Vasconcelos Costa, 1.500, ou pelo e-mail cienciavivaudi@gmail.com. O evento será realizado no dia 18 de outubro, das 11 às 21 horas, no Center Convention. O objetivo da feira é divulgar e popularizar a ciência, despertando a curiosidade, a criatividade e o interesse pela pesquisa.

Neste ano, o tema do evento é Vida e Radiação. Além da tradicional feira, foi lançado um desafio aos alunos de ensino fundamental, médio e técnico. Eles terão que encontrar uma solução para o seguinte problema: Como evacuar a população nas proximidades de uma Usina Nuclear, como Angra I, numa iminência de um incidente em que pudesse ocorrer exposição à radiação nuclear? A divulgação dos projetos selecionados para a feira e o desafio ocorrerá no dia 5 de outubro.

A Ciência Viva faz parte da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia desde 2009. É uma realização da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), da Prefeitura Municipal de Uberlândia (PMU), da Fundação de Apoio e Desenvolvimento Empresarial (Fade) e da Associação Comercial e Industrial de Uberlândia (Aciub). O evento conta ainda com o apoio de diversas instituições públicas e privadas.

Mais informações com a professora Sílvia Martins, pelos telefones (34) 3239-4190 e (34) 3230-9518 ou no endereço eletrônico ciencia-viva2011.blogspot.com.

Museu Diversão com Ciência e Arte
Instituto de Física
Universidade Federal de Uberlândia
Telefone: (34) 3230-9517
E-mail: dicacomunica@infis.ufu.br

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Ciência: Estudo que desafia Einstein sofre críticas

No clássico de humor "O Guia do Mochileiro das Galáxias", o escritor Douglas Adams afirma: "Nada no Universo ultrapassa a velocidade da luz. A única exceção são as más notícias, que obedecem a leis próprias".

A piada resume o clima de mal-estar com o qual a comunidade de físicos recebeu o anúncio de que partículas chamadas neutrinos teriam viajado mais rápido que a luz.

Ontem, físicos que conduziram a observação finalmente fizeram um anúncio oficial e tiveram de enfrentar o ceticismo dos demais cientistas.

No experimento Opera, um feixe de neutrinos (partículas eletricamente neutras e quase sem massa) foi produzido no centro de pesquisas nucleares Cern, em Genebra (Suíça), e enviado até um detector no Laboratório Nacional Gran Sasso, na Itália, a 730 km. Chegou lá 60 bilionésimos de segundo mais adiantado do que a luz.

E a notícia correu também mais rápido do que a ciência. O anúncio já havia se espalhado na imprensa anteontem, quando os autores do trabalho abriram o acesso na internet a um estudo ainda sem revisão independente.

NO TWITTER

Só ontem o Cern organizou entrevista coletiva com os físicos, com perguntas via Twitter e transmissão em vídeo. Dario Autiero, líder do estudo, mostrou seus resultados com algum esforço para contemplar uma audiência que incluía de jornalistas leigos a físicos veteranos.

Quando sua apresentação chegou ao vigésimo gráfico detalhando a metodologia do experimento, a plateia local começou a ficar inquieta.

Alguns físicos já reclamavam que seria preciso ser especialista em sincronização de relógios atômicos por GPS para tentar compreender como as medidas eram obtidas no experimento. Jornalistas questionavam se um aparato de laboratório tão complexo e tão cheio de peças não seria vulnerável a falhas.

Autiero tentou mostrar que seu grupo de pesquisa levou em conta margens de erro para todo tipo possível e imaginável de interferência. Os resultados, afirma ele, permanecem sólidos após seis meses de rechecagem.

"O sr. levou em conta a rotação da Terra?", perguntou um físico que se levantou na platéia. "Sim", respondeu.

Até a interferência causada por carros no túnel de uma rodovia no caminho dos neutrinos foi considerada.

"Conseguimos que uma das faixas da estrada fosse bloqueada por algum tempo, mas só teríamos obtido mais precisão nas medições com um bloqueio completo", disse Autiero. A polícia rodoviária italiana negou o pedido, mais preocupada com congestionamentos de carros do que com o excesso de velocidade de neutrinos.

No geral, os físicos presentes respeitaram a maneira como o pesquisador rebateu as críticas mais técnicas.

ELOGIO DE NOBEL

Por fim, Samuel Ting, Prêmio Nobel em Física de 1976, estava presente e parabenizou Autiero. "O experimento foi feito muito cuidadosamente, com os erros sistemáticos bem checados", disse.

Elogios à parte, poucos físicos teóricos ficaram satisfeitos. Muitos acham difícil crer que a relatividade especial, teoria de Einstein que foi desafiada continuamente por mais de cem anos e sobreviveu a todos os testes até agora, esteja errada num de seus aspectos mais fundamentais.

É mais fácil acreditar em algum problema em Gran Sasso do que reescrever toda a física do século 20.

Num evento em que jornalistas pareciam ter medo de entrar na discussão, coube a um representante do Instituto de Física do Reino Unido fazer a pergunta mais constrangedora: "Vocês têm medo de passar ridículo caso se descubra que tudo isso se deve a um erro sistemático?".

Autiero respondeu, indiretamente, à pergunta. "Apesar de nossas medidas terem baixa incerteza sistemática e alta precisão estatística, e de nós termos alta confiança em nossos resultados, estamos ansiosos para poder compará-los com outros experimentos", ponderou ele.

Especulações teóricas sobre como explicar a anomalia dos neutrinos já surgiram ontem, apesar do ceticismo. A mais popular sugere que as partículas teriam atravessado uma dimensão oculta do espaço, pegando um "atalho" para chegar mais cedo.

Nenhuma teoria anterior, porém, havia previsto esse tipo de fenômeno.



Fonte:
Folha.com.

Tecnologia: Conheça as 10 tendências digitais para o próximo ano

Ammy Webb, CEO da consultoria de estratégia digital Webbmedia Group e ex-jornalista da revista Newsweek e do jornal The Wall Street Journal, analisou as principais tendências do mercado digital em 2012 durante a convenção Online News Association (ONA) 2011. O Webbmedia Group tem como clientes a Organização das Nações Unidas (ONU), o Departamento de Estado dos Estados Unidos e meios de comunicação como NBC e USA Today.

Ammy se transformou em uma referência internacional na investigação de novas ferramentas digitais e sua apresentação foi uma das mais esperadas pelos participantes do encontro anual de Online News Association. O evento de mídias digitais mais importante do mundo começou na quinta-feira com mais de 1,1 mil participantes de vários países. Veja quais são as principais aposta da executiva para o próximo ano:

1. Refinamento de resultados de buscas

O volume de informação na rede faz que qualquer pesquisa gere milhares de resultados. Webb considera que as ferramentas que permitem aos usuários fazerem buscas mais precisas são uma tendência e uma necessidade no futuro.

www.helioid.com - sistema de buscas categorizadas por temas
www.twylah.com - sistema de busca específico para resultados do Twitter
www.greplin.com - ferramenta de busca especializada em redes sociais

2. Tópicos

A organização da informação por temáticas torna mais fácil a produção de conteúdo. Nesse sentido, os serviços que agregam de maneira "inteligente" dados a tópicos específicos permitem que os usuários agrupem e selecionem informações rapidamente.

www.quora.com - Site de perguntas e respostas onde os usuários colaboram para aumentar e editar os conteúdos criados

3. Círculos

Com o lançamento do Google+, a rede social ampliou a possibilidade de agrupar em "círculos" virtuais os amigos, conhecidos, familiares e os contatos de cada pessoa. A rede surgiu como uma tentativa de competir com o Facebook, depois das duas primeiras tentativas anteriores, com o Google Buzz e o Google Wave. Da mesma maneira que faz o Google, Webb pensa que os usuários podem relacionar a informação através do que chama "inner circles", adicionando interação em tempo real.

www.groupme.com - aplicativo que permite fazer chamadas e conferências gratuitas e enviar mensagens de texto para celular com os contatos gravados no aparelho
www.heytell.com - outro aplicativo para iPhone e Android que faz chamadas e as grava, localizando o contato geograficamente

4. Redes sociais de proximidade

Essa tendência se deriva do serviço de geolocalização Foursquare e facilita o encontro de pessoas que estão em um mesmo lugar ou próximas geograficamente.

Sonar - aplicativo para iPhone baseado no Foursquase, Facebook e Twitter que ajuda os usuários a encontrarem pessoas que estão geograficamente próximos, com quem podem ter algum tipo de relação em comum
www.streetspark.com - programa para encontros e namoros que busca informação do Facebook e do Twitter para "sugerir" relacionamentos
www.nerdnearby.com - similar ao StreetSpark, mas voltado para "nerds"
www.likealittle.com - também para os apaixonados, criado por ex-funcionários do Google e da Microsoft

5. Reconhecimento facial e de íris

Para Ammy, o webbface.com é o aplicativo mais importante de 2011. O serviço permite reconhecer rostos através de fotografias. Essa tecnologia - e tendência - mudará inclusive o trabalho da polícia durante a Copa do Mundo de 2014, como forma de identificar suspeitos e delinquentes para prevenir atos de violência, segundo a consultora. Google e Apple já fizeram investimentos nesse tipo de tecnologia, adquirindo aplicativos como o PittPatt e Polar Rose, respectivamente.

www.face.com - aplicativo gratuito que identifica rostos através de fotos
www.pittpatt.com - o Pittsburgh Pattern Recognition é um sistema criado na Universidade de Carnegie Mellon nos anos 90, lançado em 2004 e comprado pelo Google. Segundo Ammy, é capaz de deduzir quem está em uma foto, localizar seu perfil no Facebook e cruzar os dados pessoais para encontrar com alto grau de precisão o número de seguro social (equivalente americano ao CPF).
www.cvdazzle.com - Serviço de "camuflagem" de fotografias, impedindo que sejam reconhecidas por programas como os citados acima

6. Ferramentas para fazer anotações digitalmente

A digitalização da informação em tempo real permite que se possam criar e compartilhar dados de maneira rápida, para processá-los em qualquer dispositivo ou plataforma.

www.livescribe.com
- caneta que captura e registra textos, áudios e desenhos, transformando-os em conteúdo digital
www.abbyy.com - programa que pode fotografar um texto e transformá-lo em documento para edição digital
www.inkling.com - transforma desenhos feitos em papel em ilustrações digitais, mas só chega ao mercado em novembro

7. Leitura rápida e longa

Programas que facilitam a leitura, armazenam textos e ajudam a escolher conteúdos na internet.

www.longreads.com - deduz quanto tempo vai demorar em ler um texto
Kindlesingles - seção do Kindle que vende textos mais longos que um artigo e mais curtos que um romance
www.instapaper.com - ferramenta que permite guardar páginas da web para serem lidas posteriormente

8. Interface gestual

Tecnologia que se deriva do touchscreen, mas não depende de telas. Os comandos são dados com movimentos das mãos no espaço, exatamente como fazer os policiais no filme Minority Report. A Apple e o New York Times já trabalham com essa tecnologia.

www.oblong.com
- fabricante que criou luvas que permitem dar comandos pelo espaço

9. Relatórios de premonição

Através de dados da internet, podem ser gerados relatórios que deduzem possíveis situações futuras.

www.trendsmap.com - mapa que, em tempo real, mostra as tendências do Twitter em qualquer parte do mundo. A partir dessa tendência é possível deduzir uma situação futura. Por exemplo, se em um país há uma grande frequência de tweets sobre um mesmo tema, pode se iniciar um protesto, uma greve ou uma mobilização.
www.recordedfuture.com
(Temporal analytics) - através de temas e dados, o programa mostra as possibilidades de situações futuras, tudo graças ao conhecimento coletivo da informação.

10. Ética no jornalismo digital

É o grande desafio das novas formas de comunicação porque, na opinião de Ammy, a facilidade de produzir conteúdo e disseminar a informação está acompanhada do risco de enganar o público, com informação falsa ou manipulada.

Fonte: Portal Terra.

domingo, 25 de setembro de 2011

Tecnologia: Transporte público pode ser monitorado pela internet

Os usuários do transporte coletivo de Uberlândia podem monitorar o percurso dos ônibus sem sair de casa. Basta acessar o portal da Prefeitura Municipal, clicar no link do GEOSIT e digitar o número da linha. A tecnologia beneficia os passageiros que contam mensalmente com um transporte público de qualidade e 100% acessível.

O projeto existe desde 2009 e visa facilitar a vida de quem utiliza as mais de 110 linhas para chegar ao trabalho, estudar ou passear. Por meio do monitoramento online, é possível localizar a posição exata dos veículos em tempo real.

Para gerar a localização disponível no sistema, todos os 395 ônibus contam com um aparelho GPS (Sistema de Posicionamento Global). O equipamento gera um sinal via satélite, que se transforma em informações práticas da rota aos usuários.

Fonte: Correio de Uberlândia.

Tecnologia: Arar a terra é coisa do passado


Quando o agricultor do século passado arava a terra para plantar, não tinha noção do mal que fazia ao meio ambiente. O revolvimento da terra era um procedimento normal, aprendido com os europeus, que aqui chegaram ensinando a técnica.

Arar a terra hoje é sinal de ignorância, uma prática tida como arcaica e poluente. Nossos avós jamais poderiam imaginar que ao revolver o solo estariam tirando dele o carbono necessário para sua produtividade. Pior do que isso, esse carbono subia para a atmosfera, transformando-se em CO2, o gás carbônico que eleva o efeito estufa e contribui para o aquecimento global.

O plantio direto dobra a capacidade de retenção de carbono no solo e torna a agricultura sustentável, contribuindo para a preservação do meio ambiente, segundo João Luis Nunes de Carvalho, pesquisador do Laboratório Nacional de Ciência e Tecnologia do Bioetanol (CTBE). Ele lembra que o solo é capaz de reter 300 kg/he/ano a mais de carbono se for praticada na agricultura brasileira a integração lavoura-pecuária.

“Na camada cultivável do solo, cerca de 30 cm, há em carbono o equivalente a todo o CO2 da atmosfera. Se revolvemos o solo, transferimos esse carbono bom para a atmosfera, transformando-o em carbono ruim, o CO2, danificamos o solo e produzimos poluição, disse.

Segundo o pesquisador, bem manejado, o solo se transforma em um importante dreno do CO2 e o plantio direto tem sido o principal mecanismo de aprisionamento desse carbono. Isso porque a decomposição da palhada se dá lentamente até que ela vire matéria orgânica e isso acaba por gerar elevação do estoque do carbono no solo.

“Além de conter a erosão, o plantio direto permite o acúmulo de matéria orgânica, ao contrário do plantio em solo desnudo, que leva a um decréscimo no estoque de carbono”, afirmou o pesquisador.

Plantio direto da cana-de-açúcar

João Luis Nunes de Carvalho defende também uma profunda mudança de cultura no cultivo e colheita dos canaviais. “Esse é o nosso grande desafio, acabar com as queimadas a cada cinco anos, quando se renovam as plantações de cana-de-açúcar, e fazer o plantio direto nessas lavouras.”

Segundo ele, estudos têm caminhado no sentido de reduzir a compactação do solo, feita pelas pesadas máquinas que colhem a cana e a partir daí será possível usar a palha da cana para manter o solo coberto, estocar carbono e até elevar a produtividade da cana por meio do plantio direto.

FAO

“O Brasil tem dado um bom exemplo”, disse Amir Kassan, representante da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO), no simpósio internacional de plantio direto promovido no mês passado em Uberlândia, pela Federação Brasileira de Plantio Direto na Palha.

Ele lembrou que, há cerca de 20 anos, o cenário agrícola mundial remetia a uma nova terra prometida: “Uma área desértica, criada pela erosão das civilizações.”

Para Amir Kassan, a agricultura sempre foi tida como a vilã, responsável pela degradação ambiental do planeta. “Portanto, sustentabilidade ecológica não é opção, é uma necessidade”, disse.
Negrito
Fonte: Correio de Uberlândia.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

SNCT na mídia: Ciência Viva abordará a radiação e a vida

Estudantes dos ensinos fundamental, médio e profissionalizante têm mais uma vez a chance de mostrar o potencial de se tornarem cientistas no futuro. Em outubro, acontece a XVI Ciência Viva. Nesta edição, a abordagem será de um assunto que vem ganhando cada vez mais espaço nas discussões mundiais: Vida e Radiação. Para participar com apresentações de trabalhos, as escolas públicas e privadas podem inscrever seus alunos e as fichas com as propostas devem ser entregues até 30 de setembro na Aciub, localizada na avenida Vasconcelos Costa, 1.500, bairro Martins.

“Elaboramos um desafio para os alunos participantes. Os trabalhos deverão trazer uma solução para as formas de evacuação de uma população próxima a uma usina nuclear, caso ocorra algum acidente envolvendo a radioatividade”, explicou Liliane Ribeiro,coordenadora de Ciências, do Centro Municipal de Estudos e Projetos Educacionais Julieta Diniz (Cemepe).

A Ciência Viva faz parte da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia desde 2009. É uma realização da Prefeitura de Uberlândia, da Fundação de Apoio e Desenvolvimento Empresarial (Fade), da Associação Comercial e Industrial de Uberlândia (Aciub) e da Universidade Federal de Uberlândia (UFU). O evento conta ainda com o apoio de diversas instituições públicas e privadas.

Fonte: Prefeitura de Uberlândia.



 
Design by Adilmar Coelho Dantas | Edited by Renata da Silva Souza | Open Source