Mudanças climáticas, desastres naturais
e prevenção de riscos

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

UFU comemora Ano Internacional da Química

O Instituto de Química da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) vai celebrar a partir desta terça-feira, dia 29, o Ano Internacional da Química. Serão quatro dias de palestras, minicurso, apresentação de painéis, visitas técnicas, mesa-redonda e oficina abordando temas como os avanços da ciência na área, a formação de professores de Química, e divulgação da ciência.

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Wagner Batista de Almeida, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e da Rede Mineira de Química abrirá o ciclo de palestras. O evento, intitulado "2011 - Ano Internacional da Química: A Química em nossas vidas", acontece no bloco 5 “O”, no Campus Santa Mônica e terá a participação de representantes da UFU e de outras sete instituições. A abertura será às 19 horas. Também faz parte da programação a mostra de materiais no museu da Ciência com Diversão e Arte (DICA/UFU), no bloco 3E.

Veja aqui a programação completa.

O objetivo é celebrar as contribuições da química para o bem-estar da humanidade, já que as transformações químicas estão presentes na produção de alimentos, na medicina, nos combustíveis e em inúmeros produtos manufaturados e naturais.

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A programação do Ano Internacional da Química também será inserida nas atividades da Década da Educação e do Desenvolvimento Sustentável (2005-2014), estabelecida pela UNESCO. Além disso, no ano de 2011 comemora-se o 100º aniversário do Prêmio Nobel em Química concedido a Marie Sklodowska Curie, a Madame Curie, o que, de acordo com os organizadores, motivará uma celebração da contribuição das mulheres à ciência.

Outras informações podem ser obtidas pelo telefone (34) 3239-4103 e no endereço www.aiq.iq.ufu.br.

Fonte: Diretoria de Comunicação Social da UFU.

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Google abandona planos de produzir energia renovável barata

O Google começou pesquisar sobre tecnologia que reduziria o preço da energia renovável em 2007,em especial à tecnologia de energia solar. Foto: Jóvenes Verdes

O Google abandonou um projeto ambicioso para produzir energia renovável a preços inferiores aos do carvão, em mais um passo nos esforços do executivo-chefe, Larry Page, para concentrar os esforços do gigante da internet em um número menor de projetos.

A empresa anunciou o cancelamento de sete projetos, entre os quais o da energia renovável mais barata que o carvão e o Knol, uma enciclopédia on-line semelhante à Wikipédia.

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Os planos, anunciados pelo Google no blog da empresa, representam a terceira etapa na “faxina geral” que a companhia vem promovendo desde que Page assumiu como executivo-chefe, em abril.

As mudanças surgem em um momento no qual o Google enfrenta forte concorrência na computação móvel e em redes sociais, de parte da Apple e do Facebook, e depois que investidores se queixaram da alta dos gastos na maior companhia mundial de buscas na internet.

“Para recapitular, estamos em meio a um processo de cancelamento de certos produtos que não tiveram o impacto esperado, integração de outros a esforços mais amplos e encerramento de alguns projetos que nos ajudaram a divisar um caminho diferente”, escreveu Urs Holzle, vice-presidente sênior de operações do Google no blog da empresa.

A corporação afirmou que acredita haver outras instituições em melhor condição de conduzir os esforços de desenvolvimento da energia renovável a “um novo patamar”.

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O Google começou a realizar investimentos e a fazer pesquisas sobre tecnologia que reduziria o preço da energia renovável em 2007, com especial atenção à tecnologia de energia solar.

Em 2009, Bill Weihl, o “czar da energia ecológica” na empresa, justificou à Reuters que esperava demonstrar em poucos anos uma tecnologia funcional capaz de produzir energia renovável a preço inferior ao do carvão.

“As chances são de 50/50, eu diria”, afirmou Weihl em 2009. “Dentro de três anos, teremos instalações gerando múltiplos megawatts em operação.”

Um porta-voz do Google informou que Weihl deixou a empresa no começo deste mês.

Fonte: Envolverde.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Dissertação associa queda de idoso a cochilos diurnos

Fisioterapeuta vê relação entre ocorrências e sintomas de insônia noturna na terceira idade

Aquele cochilo que muitos idosos dão durante o dia merece um olhar mais cuidadoso por parte dos profissionais de saúde, principalmente quanto à frequência e duração do hábito. O alerta é do fisioterapeuta Alexandre Alves Pereira, que encontrou uma relação significativa entre sintomas de insônia, cochilo diurno e ocorrência de quedas em idosos, em pesquisa realizada na Faculdade de Ciências Médicas (FCM). O estudo cruzou informações do banco de dados do Estudo Fibra (Fragilidade em Idosos Brasileiros), por meio do qual foram entrevistados 689 idosos em Campinas.

A ocorrência de quedas nesta população atingiu 26,2%, sendo que 11,87% sofreram duas ou mais quedas. Segundo Pereira, levando em consideração as consequências físicas e psicológicas que o episódio ocasiona em pessoas de mais idade, a porcentagem deve ser observada com atenção. “As quedas representam um grave problema de saúde pública na população idosa, configurando uma síndrome clínica com impacto significativo sobre a qualidade de vida”, destaca Pereira, lembrando que entre as complicações está o risco de fraturas, além do medo de cair novamente, bem como o risco de internação e morte.

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Alexandre Pereira explica ainda que são vários os fatores que levam o idoso a cair. Por isso, são relevantes as pesquisas cujo foco são aspectos que podem estar relacionados a esta ocorrência e, assim, ampliar as estratégias de prevenção. Neste sentido, o estudo indica a necessidade de avaliação mais criteriosa da qualidade do sono e suas consequências para o idoso, pois podem revelar piora na condição de saúde e declínio funcional. “É comum ouvirmos a afirmação de que o cochilo diurno na velhice é corriqueiro, pois a prevalência é alta. Mas, a idade avançada não é condição única para o surgimento do cochilo. Ele pode ser motivado por algum quadro de enfermidade, por exemplo. Neste sentido, a pesquisa sugere que este tipo de ocorrência deve ser investigado, principalmente, porque mesmo as quedas também podem indicar outro problema”, reafirma.

A pesquisa realizada pelo fisioterapeuta buscou o número de idosos que respondia positivamente a uma das questões que evidenciam a presença de sintomas de insônia. São elas: dificuldade ao iniciar o sono, dificuldade em manter o sono, despertar precocemente ou dormir mal durante a noite. O estudo buscou ainda identificar os idosos que respondiam afirmativamente sobre o costume de cochilar durante o dia e aqueles que apresentaram quedas nos últimos 12 meses.

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Na sequência, o fisioterapeuta fez o cruzamento de todos os dados e indicou as associações, que segundo ele, são pouco exploradas na literatura científica. “Acredito que a pesquisa abre um caminho para se avaliar o impacto das intervenções nas queixas e hábitos relativos ao sono na velhice visando à prevenção de eventos adversos”, afirma.

Publicação
Dissertação: “Relação entre atividade física, capacidade funcional, velocidade da marcha, sintomas de insônia, cochilo diurno, sintomas depressivos e ocorrência de quedas em idosos residentes na comunidade”
Autor: Alexandre Alves Pereira
Orientador: Maria Filomena Ceolim
Unidade: Faculdade de Ciências Médicas (FCM)
Financiamento: CNPq e CAPES

Fonte: Jornal da Unicamp.

domingo, 27 de novembro de 2011

Hormônios fazem mulher que trabalha à noite ganhar peso

Estudo revela que a grelina e a xenina atuam de maneira desregulada no hipotálamo


Um estudo da linha de pesquisa da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) que avalia hormônios que regulam o apetite, coordenada pelo endocrinologista Bruno Geloneze, apontou responsabilidade da grelina e da xenina, hormônios recém-descobertos, para o ganho de peso das trabalhadoras do turno da noite, indo contra o senso comum de que engordam porque trabalham muito ou por conta do estresse. Esses hormônios atuam de forma desregulada no hipotálamo (parte do cérebro que modula a fome e a saciedade) alterando o padrão de apetite dessas pessoas, que passam a consumir alimentos mais vezes e menos saudáveis. As consequências, além do ganho de peso, é que essas mulheres poderão ficar inclusive mais predispostas a desenvolver a indesejada síndrome metabólica, que promove em seus portadores problemas como hipertensão arterial, dislipidemia, diabetes e obesidade.

A fisioterapeuta Daniela Schiavo, autora da pesquisa, comparou mecanismos de fome e saciedade de 12 mulheres que trabalham no turno normal do setor de limpeza do Hospital de Clínicas da Unicamp e 12 mulheres que atuam no turno da noite. Segundo ela, vários trabalhos na literatura indicam que as trabalhadoras do turno da noite têm maior ganho de peso que mulheres que têm a mesma função e trabalham de dia. Isso já está estabelecido mundialmente em grandes casuísticas, diz. O que pouco se sabe são os motivos que levam a esse ganho de peso e os mecanismos determinantes para o comportamento relacionado à fome e à saciedade.

O senso comum diz “trabalhar à noite aumenta o estresse e faz as pessoas comerem de maneira errada”. Diz mais: “depois que a obesidade se instala, é difícil as pessoas retomarem o peso original”. “Então também estudamos pessoas que não tinham obesidade ainda. Apesar de a gente ter feito um pareamento para idade, sexo, peso e atividade física, essas mulheres que trabalhavam à noite já apresentavam mais adiposidade abdominal, talvez sim ligado ao estresse da atividade”, expõe Geloneze. No estudo, foi dosado o cortisol, o hormônio do estresse.

A despeito da casuística ter sido pequena, segundo ele, foram tomados cuidados essenciais a uma pesquisa científica: só foram escolhidas mulheres, funcionárias do setor de limpeza de um mesmo lugar e que exerciam o mesmo tipo de função e na faixa etária entre 25 e 45 anos (em idade reprodutiva portanto, sem o viés da menopausa). Tinham ainda o mesmo padrão de atividade física. Não eram sedentárias, a se ver pelo seu trabalho (que não é leve), contudo não têm atividades programadas como frequentar uma academia, por impedimentos socioeconômicos e culturais.

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Além disso, elas tinham o mesmo Índice de Massa Corporal (IMC), em torno de 26,5 (o índice fica entre 25 e 30), com um leve sobrepeso, mas que não é obesidade e nem tampouco um peso normal. Corresponde a um IMC médio da população brasileira, afirma Geloneze. Pessoas trabalhadoras noturnas há mais de um ano, que ainda não tinham um ganho de peso relevante, foram entrevistadas para se conhecer o seu comportamento alimentar: como era a sua sensação de fome e de saciedade. O estudo apurou que elas sentiam dificuldade em reconhecer a fome ou a saciedade. Como é possível saber isso?

Hormônios

Quando chega o horário em que a mulher habitualmente come, ela se lembra disso e recebe um insight: ‘você está com fome’. Nesse momento, ela em geral aponta para o estômago ou sente que ele está ‘sinalizando’ que é hora de comer. É o pico da grelina, produzida ciclicamente pelo estômago com um pico meia hora antes da refeição e uma redução acentuada 30 minutos a uma hora depois. “O pico de grelina desencadeia a hora de comer e, na hora que está com a sensação de saciação, ele fica com um nível mais baixo.”

Além da grelina, há a xenina, outro hormônio estomacal. No mesmo momento em que a grelina bate lá em cima (o pico pré-prandial, antes da refeição), a xenina bate lá embaixo. Quando a grelina cai após a refeição, a xenina sobe. Fazem oposição e, assim, mantêm um certo equilíbrio.

Junto ao pico pré-prandial da grelina, ocorre um ponto mais baixo ainda, tecnicamente chamado nadir, quando se produzem hormônios opositores à grelina – o GLP1, o PYY3-36 e a oxintomodulina. Eles são formados no intestino e caem um pouco antes da refeição, subindo depois dela. Na verdade, esses hormônios fazem a saciação, aquela sensação de que a fome passou, de plenitude gástrica, que acontece após a refeição.

Outro mecanismo, o da saciedade, é aquela sensação que a pessoa tem de não estar com fome entre as refeições, por volta das 10 horas, após o café da manhã, e das 15 horas, após o almoço. Neste momento não há mais a sensação de plenitude, mas ainda a fome não apareceu. É a fisiologia normal desempenhada pelo hormônio leptina que estava igual nos dois grupos de mulheres estudadas”, define o médico.

Testes

As mulheres estudadas foram ao Laboratório de Investigação, Metabolismo e Diabetes (Limed), localizado no Gastrocentro, para se submeter a um teste de refeição padrão mundialmente aceito. Este teste consistiu em ingerir uma barra de cereal e um copo de suco. Fizeram uma refeição balanceada com carboidrato, gordura e proteína, totalizando 515 calorias.

As mulheres que trabalham no turno normal ficaram uma hora em repouso no Limed esperando a hora de comer, às 8 horas, que coincidiu com o momento em que tomam o café da manhã. O que Daniela Schiavo observou é que elas tiveram um pico de grelina pré-prandial na hora de comer e uma queda da grelina após a refeição. A xenina caiu antes da refeição e subiu após dela. O GLP1, o PYY3-36 e a oxintomodulina não apresentaram queda acentuada, mas subiram após a refeição.

O comportamento com as trabalhadoras noturnas foi outro. Em sua rotina, elas tomam o café da manhã mesmo quando não estão trabalhando. “Nós as pegamos num dia de folga, para não terem o efeito do estresse de não ter dormido”, comenta Geloneze. No dia em que trabalham, ao cumprirem o turno, elas também tomam o café da manhã às 8 horas. Logo, elas chegaram ao Limed e comeram como sempre.

Agora vem a parte ‘charmosa’, anuncia o especialista. A grelina dessas mulheres antes da refeição sobe um pouco e conseguem desencadear o mecanismo de ‘comer’. Ocorre que, no pós-refeição, a grelina não cai e elas não têm a queda fisiológica da saciação. Os hormônios intestinais GLP1, PYY3-36 e oxintomodulina se comportaram igualmente nas pessoas que trabalham de dia, já a xenina caiu antes da refeição e subiu muito menos após a refeição. Resumindo: a regulação de xenina e grelina antes da refeição está parcialmente mantida, mas o efeito de elevar xenina pós-refeição e cair grelina, muito importantes à saciação, estava sobremodo desregulado.

Essa pode ser a causa do fenômeno de perda do ritmo biológico e da sensação de fome, saciedade e provavelmente por uma alimentação que passa a ser irregular, contribuindo para um aumento de calorias com o tempo. A pessoa que não tem saciação, come pouco. Daqui a pouco come mais uma vez e come de novo. Dificilmente faz uma refeição com verduras, legumes, arroz, feijão e carne, alimentos de qualidade e de baixa caloria. O pior, conta o endocrinologista, é que as trabalhadoras noturnas são tratadas como as que ganharam peso por outros motivos.

Talvez as mulheres não ingiram uma quantidade maior de alimento, todavia qualitativamente têm mais facilidade para fazer alimentação rápida, informa Geloneze. O que vem a se somar a isso é a mudança do ritmo biológico, determinada pelo horário da refeição, que leva a uma mudança dos hormônios do estômago, o qual produz a grelina. Esta foi descoberta em 2001. Acreditava-se que os mecanismos de saciação eram determinados apenas pelos hormônios intestinais GLP1, PYY3-36 e oxintomodulina. Não se conhecia a xenina.

À Unicamp coube o mérito do primeiro trabalho científico da literatura comprovando que a grelina após a cirurgia bariátrica em diabéticos não sobe após o emagrecimento. Em pessoas que emagrecem, ela sobe. Isso ajuda a explicar o porquê depois que as pessoas passam por uma cirurgia bariátrica não têm tanta fome, mesmo tendo emagrecido. Qualquer pessoa que faça regime tem mais fome. Este foi um dos trabalhos pioneiros da Unicamp, de 2003.

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O segundo grupo, da Universidade de Washington, Seatlle, apresentou a cirurgia de forma inédita a pacientes não diabéticos. Posteriormente, um aluno de mestrado que desenvolvia pesquisa no Limed ficou um tempo naquela Universidade. Dessa interação, surgiram trabalhos cooperativos e, no mesmo ano, a Unicamp publicou um trabalho da cirurgia para diabéticos. “No caso das trabalhadoras noturnas, descobrimos a desregulação dos hormônios gastrointestinais, mas especificamente gástricos – do tubo digestivo ao órgão endócrino. Mas estamos dizendo aqui que a parte do tubo digestivo, o estômago endócrino, está desregulado. Raramente se imagina o descompasso de um hormônio que está determinando fome e saciação. Foi o que descrevemos”, declara o médico.

Estudos envolvem milhares de pessoas

No Limed, há três linhas de trabalho em andamento hoje, cujos acrônimos são Brams (Brazilian Metabolic Syndrome Study), Brains (Brazilian Incretin Study) e Baros (que deu origem ao termo bariátrica). O Brams, dividido em dois braços principais, é um grande estudo que está sendo feito com sete mil pacientes para avaliar a relação entre obesidade, distribuição de gordura corporal, citocinas inflamatórias, resistência à insulina e produção de insulina. É uma investigação multicêntrica financiada pelo CNPq e coordenada por Geloneze. Atualmente é conduzida em Campinas, Itu, Fortaleza e Natal.

O trabalho, já na metade, conta com quatro mil pacientes. Outro braço é o Brams Pediátrico, que reunirá 1.000 crianças e adolescentes que serão estudados quanto aos mesmos aspectos que compõem a síndrome metabólica (dislipidemia, hipertensão, diabetes e adiposidade central, produção de citocinas inflamatórias pelo tecido adiposo e resistência à insulina por testes dinâmicos). Os dois formam o primeiro estudo.

O segundo chama-se Brains (Brazilian Incretin Study) e estuda os hormônios gastrointestinais que modulam a produção de insulina. É um guarda-chuva da linha de pesquisa que analisa hormônios gastrointestinais. “Estamos estudando vários modelos. Um deles é esse das trabalhadoras noturnas”, comenta Geloneze. O terceiro estudo, o Baros, analisa os mecanismos fisiológicos e fisiopatológicos da cirurgia bariátrica, e várias técnicas e situações (com diabéticos, não diabéticos, insuficiência renal ou não).

A perspectiva é que, com o desenvolvimento de fármacos focados em mecanismos, o tratamento interferirá na grelina suprimindo a produção pós-prandial e, ao mesmo tempo, utilizará algum medicamento para aumentar a xenina pós-refeição. Com isso, recuperaria-se o padrão fisiológico, com repercussões na perda do peso.

Fonte: Jornal da Unicamp.

sábado, 26 de novembro de 2011

Clima e crescimento populacional desafiam distribuição de alimentos

Estudo afirma que é preciso aumentar a produção global de alimentos em 30% e reduzir emissões de carbono pela metade

O crescimento populacional e as mudanças climáticas estão conduzindo o planeta rumo a episódios de agravamento da fome que apenas uma revisão do sistema alimentar poderá corrigir, afirmou, ontem, um painel internacional de especialistas. "Precisamos aumentar a produção global de alimentos em 30% até 80% até 2050 e reduzir as emissões (de carbono) pela metade", disse o professor britânico John Beddington, que presidiu um grupo de 13 membros durante nove meses.

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Em 2012, será divulgado o relatório completo do encontro da chamada Comissão sobre Agricultura Sustentável e Mudanças Climáticas. As propostas se concentram no combate ao desperdício por meio de cadeias de abastecimento mais inteligentes, já que um terço dos alimentos produzidos para consumo humano é perdido ou desperdiçado no sistema de distribuição global. "No século 21, temos um importante conjunto de ameaças convergentes", disse Beddington.

"Há o crescimento populacional, o consumo insustentável dos recursos e grandes pressões sobre a Humanidade para que transforme a maneira como usamos os alimentos", declarou. "Mas (o problema) está intimamente relacionado a questões sobre água e energia." Segundo Beddington, o salto dos preços dos alimentos em 2007/2008 empurrou 100 milhões de pessoas para a situação de pobreza e outros 40 milhões de pessoas foram pressionadas com a alta dos alimentos em 2010/2011. "Há uma preocupação real com a fome e há consequências do nível dos preços dos alimentos que causam instabilidade", comentou.

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A Comissão foi estabelecida em fevereiro pelo Grupo Consultivo sobre Pesquisa Internacional em Agricultura, uma organização que envolve diversas outras, fundada por governos nacionais, organizações regionais e fundações de pesquisa. O grupo avalia formas de alimentar o mundo, cuja população já chegou a 7 bilhões de pessoas.

Fonte: iG.

Aumento da temperatura global é inevitável, dizem especialistas

Em setembro passado, a camada de gelo que cobre o Oceano Ártico chegou ao seu nível mais baixo desde 2007, com 4,4 milhões de km². Foi a menor extensão da camada desde que as medições começaram há 40 anos, apresentando 40% menos gelo em comparação com os anos 70 e 80. A situação é considerada grave pelos especialistas, como o chefe do Instituto de Impacto do Clima da Universidade de Potsdam, Stefan Rahmstorf, que afirmou recentemente que a camada de gelo pode desaparecer do oceano ártico nos próximos 15 anos.

Alguns dos fatores para o degelo são naturais, conforme explica a PHD e professora do Departamento de Oceanografia Física da USP, Ilana Wainer. "Variações climáticas são parte da evolução natural do planeta, função da variação de parâmetros orbitais como a distância terra-sol, a inclinação do eixo da terra e a constante solar", explica a especialista.

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Segundo Wainer, a Terra completa um ciclo de precessão a cada 26 mil anos, e ao mesmo tempo, existem variações da inclinação do eixo da Terra, que oscila entre aproximadamente 22,1 e 24,5 graus num ciclo de 41 mil anos. "A elipcidade da órbita da Terra também varia e, combinada com a precessão, dá origem a um ciclo de 21 mil anos. As variações dos parâmetros orbitais (ecentricidade) estão associadas a ciclos de 100 mil anos. Esses ciclos são conhecidos como os ciclos de Milankovitch e afetam a quantidade de radiação que chega ao planeta Terra, e consequentemente, induzem as variações climáticas 'naturais", diz.

Mesmo assim, para a professora da USP, o homem tem sua parcela de culpa no processo. "Hoje, devido à atividade industrial e ao aumento das emissões dos gases do efeito estufa, estamos vivenciando um aumento da temperatura global a taxas nunca antes observadas. É esse aquecimento acelerado que está causando o rápido degelo no Ártico. Eras glaciais e interglaciais sempre ocorreram, mas o impacto do homem acelerou esse processo e hoje, a taxa de degelo observada pode ser atribuída fundamentalmente ao aquecimento global", afirma.

Para o doutor em Glaciologia e coordenador do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia da Criosfera, Jefferson Simões, o degelo do Ártico não faz parte de processos naturais e não há muito que possa ser feito no momento. "Todas as evidências e o histórico que temos sobre a variabilidade do mar congelado do Ártico, e temos história dos últimos 4 séculos, mostram que trata-se de um fenômeno único e muito rápido.

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"Estamos observando as mais rápidas modificações na extensão do mar congelado no mundo", diz Simões, que lembra que o degelo do ártico não afetará o nível das águas, pois não se tratam de geleiras e sim do próprio mar. "Mar congelado ao derreter não afeta nível do mar, pois o gelo já está flutuando na água, é o princípio de Arquimedes. Assim, o degelo afeta o clima, mas não o nível do mar", explica. "No momento, a gente já iniciou esse processo de mudanças do clima, e essas mudanças estão sendo aceleradas, principalmente no Ártico. Como nós já mudamos a composição química, esse processo vai ocorrer nos próximos 50, 60 anos, mas do jeito que está no momento, não faz muita diferença", diz o especialista.

Ilana Wainer, da USP, concorda. "A quantidade atual da concentração de gases do efeito estufa é tal que o aumento da temperatura global é inevitável. O mais grave é a rapidez da taxa de aumento da temperatura. Mesmo que haja uma diminuição drástica das emissões de gases para a atmosfera, esta continuaria a esquentar durante pelo menos 50 anos, e há previsões de que a estabilização da temperatura global demoraria até um século", afirma a professora. Para ela, a única coisa a ser feita é começar a agir imediatamente na redução da chamada "pegada de carbono", usando transporte público, bicicletas, sacolas reutilizáveis, economizando energia e água e sendo absolutamente consciente do meio-ambiente e natureza que nos cerca. "Exigir políticas publicas que protejam o meio ambiente, terrestre e marinho, investimentos em energias alternativas e transporte público eficiente e de qualidade, inclusive com ciclovias".

Já Simões lembra que certos impactos serão inevitáveis. "O pessoal acha que as respostas do ambiente são imediatas. Muitas das mudanças ambientais que nós estamos vivendo hoje são consequência dos últimos 100 anos. É claro que tem que evitar o aumento das emissões dos gases estufa. Mas não é possível ter uma sociedade de 7 bilhões de indivíduos sem deixarmos pegada de carbono", conclui.

Fonte: Terra.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Cientistas desenvolvem estrutura metálica mais leve do mundo


Nova estrutura metálica, criada por pesquisadores da Universidade da Califórnia, é cem vezes mais leve que o isopor

Nova estrutura metálica desenvolvida por pesquisadores da Universidade da Califórnia é tão leve que quando posta em cima da frágil dente-de-leão sem danificá-la. Ela é aproximadamente 100 vezes mais leve que o isopor, é o mais leve material do mundo, de acordo com estudo publicado no periódico científico Science.

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Fonte: iG.

Nasa cria mais preciso mapa já feito da superfície da Lua

Com mapa é possível determinar graus de inclinação de todos os principais terrenos da Lua
A Nasa (agência espacial americana) divulgou o mais preciso mapa da superfície da Lua já feito. O mapa foi produzido usando informações enviadas pela nave Lunar Reconnaissance Orbiter (LRO, ou Orbitador de Reconhecimento Lunar, em português), lançada em junho de 2009.

As imagens revelam depressões e elevações em quase toda a Lua. Um pixel no mapa representa uma área praticamente igual a dois campos de futebol.

"Nossa nova visão topográfica da Lua fornece os dados que os cientistas lunares esperavam desde a era das missões Apollo", disse Mark Robinson, cientista-chefe da câmera da LRO.

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Com o mapa, segundo Robinson, é possível determinar os graus de inclinação de todos os principais terrenos geológicos da Lua em uma escala de 100 m, além de determinar como a crosta lunar foi deformada, entender melhor a mecânica das crateras geradas por impactos e planejar melhor futuras missões à Lua, tripuladas ou não.

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Dois instrumentos foram usados para produzir o mapa: a câmera com lente grande-angular e um altímetro a laser.

A nave LRO foi lançada à órbita lunar carregando seis instrumentos projetados para coletar informações detalhadas sobre o ambiente do satélite natural da Terra.

Fonte: iG.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Um acordo que ajuda a política global para mudança climática

Acordo entre países da Ásia Pacífico mostra que grupos menores, com liderança, facilitam consensos, principalmente sobre políticas de imediata implementação, com benefício geral. Bom sinal para políticas voltadas para mudança climática e promoção da economia de baixo carbono.

Na reunião que terminou no final da semana passada em Honolulu, os 21 países da APEC (Associação para Cooperação Econômica dos Países da Ásia-Pacífico) aprovaram a redução de tarifas de importação para promover o comércio regional de produtos que reduzam o consumo de combustíveis fósseis e reduzam a poluição.

A reunião começou marcada por um confronto entre EUA e China, marcado por palavras duras nos discursos de abertura do presidente Barack Obama, o anfitrião em sua terra natal, e do presidente da China, Hu Jintao. Eles foram muito explícitos em relação às divergências comerciais entre os dois países. Obama chegou, mesmo a mostrar certa irritação ao falar com a imprensa sobre as reiteradas reclamações relativas a subsídios ilegais e práticas de dumping (preços artificialmente baixos) pela China, usando a expressão “enough is enough”, que poderia ser traduzida por “passou dos limites”. Ele afirmou que seu governo “continuará a ser firme na posição de que a China deve operar pelas mesmas regras que todos seguem”.

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No seu discurso de abertura, Hu Jintao insistiu que a China precisa ter mais voz como uma potência global emergente. Também deixou claro que Pequim prefere trabalhar dentro da arquitetura de comércio global existente, do que se sujeitar às pressões do EUA para abertura dos mercados da Ásia-Pacífico a qualquer custo. Autoridades chinesas também alertaram, durante a reunião, que a decisão recente de Washington de iniciar investigação que poderia levar à imposição de tarifas anti-dumping para células e placas fotovoltaicas chinesas prejudicaria a cooperação no campo da energia dentro da APEC.

Mas, ao final do encontro, os dois países encontraram pontos de consenso e concordaram em reduzir as tarifas de importação para “bens ambientais” (principalmente produtos para geração de energia) para no máximo 5% até 2015. Os países da APEC também se comprometeram a eliminar requisitos de “conteúdo nacional” que distorcem o comércio de bens e serviços ambientais até o final de 2012.

Adicionalmente, o acordo, formalizado na Declaração de Honolulu incluiu:

a racionalização e progressiva eliminação de subsídios ineficientes a combustíveis fósseis, que encorajam consumo perdulário, e a criação de um mecanismo para reportar o progresso obtido, com revisão anual pelo grupo;

a promoção da eficiência energética, adotando medidas específicas nos setores de transportes, construção, redes elétricas, empregos, compartilhamento de conhecimento e educação, em apoio a comunidades de baixo carbono com “inteligência energética”;

incorporar estratégias de desenvolvimento de baixo carbono nos planos de crescimento econômico e dar poder à APEC para implementar essa agenda;

adotar a meta de redução da intensidade de energia da região em 45% até 2035;

trabalhar em cooperação para implementar medidas que proíbam o comércio de produtos florestais ilegais e adotar medidas adicionais na APEC para combater o desmatamento ilegal e o comércio associado a ele.

O presidente Hu Jintao assinou o acordo, apesar de no início da reunião ministros chineses terem criticado a proposta de redução tarifária como “ambiciosa demais para países em desenvolvimento”.

Os “bens ambientais” a serem beneficiados pelos cortes tarifários não foram designados no acordo. Ficou para o ano que vem. Representantes do governo do EUA disseram que listaram “painéis solares, turbinas eólicas e hidráulicas, filtros para poluição do ar e bombas para tratamento de esgotos” entre os que gostariam de ver incluídos no acordo.

Cortes de tarifas e subsídios e medidas de comando e controle para evitar práticas ilegais são mais fáceis de implementar e fazer cumprir, inclusive porque entram em vigor tão logo as medidas sejam promulgadas. Metas de redução de intensidade de energia são mais elusivas, de implementação mais demorada e menos apreensíveis por todos os interessados. Autoridades chinesas se apressaram a explicar que a meta era uma aspiração e que os compromissos da APEC são “voluntários e “não-vinculantes”, isto é, não têm força legal. Mas reduções tarifárias, cortes de subsídios e proibição de comércio de madeira e produtos florestais ilegais requerem atos com força legal.

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“Nós podemos e devemos enfrentar tanto os desafios econômicos da região como os ambientais, acelerando a transição para a economia global de baixo carbono, de forma que aumente a segurança energética e crie novas fontes de crescimento e emprego.” (Declaração de Honolulu: Rumo a uma Economia Regional sem Barreiras).

O acordo da APEC pode ser um passo significativo para adoção mais ampla e rápida de energia limpa pelas economias desenvolvidas e emergentes. Pode ser também uma lição para o resto do mundo, sobre como abordar construtivamente temas conflituosos. Se o acordo se tornar efetivo em 2012, ele poderá ser usado como referência em negociações climáticas em outros fóruns.

Negociações em torno de questões difíceis tem melhor chance de sucesso quando o número de negociadores é relativamente pequeno. Compare-se os 21 membros da APEC, que formam um conjunto bastante heterogêneo que vai do EUA a Brunei, com os 193 membros da Convenção do Clima. Para fazer diferença em relação ao status quo as partes do acordo tem que ter representatividade e peso. A APEC é a maior zona comercial do mundo, um conglomerado econômico muito poderoso. Responde por mais da metade do PIB global, 44% do comércio mundial e 63% das emissões de gases estufa. Estão no grupo, além do EUA e China, Japão, Coreia, Hong Kong, Cingapura, Rússia, Austrália, Nova Zelândia, México e Chile. Têm países com importantes extensões de floresta tropical como Indonésia, Tailândia, Malásia, Papua Nova Guiné e Peru.

Dos grandes atores da política global para mudança climática só não estão os países da União Europeia, o Brasil e a Índia. Uma contribuição relevante que a APEC poderia fazer seria levar essa agenda de acordo para ser adotada pelos países do G20-Fórum das Maiores Economias (MEF). Corresponderia a, praticamente, incluir a UE, o Brasil e a Índia. Um acordo desses no âmbito do G20 poderia dar grande impulso às negociações do clima, talvez permitindo imaginar como possível um acordo pós-Quioto em 2015.

Fonte:
Envolverde.

Pesquisa mostra evolução química das galáxias

Assim como o vento sopra a poeira na Terra, os ventos estelares sopram matéria para fora das estrelas ao longo da vida desses astros. O vento estelar interessa aos astrônomos porque é um fenômeno preliminar do que vai ocorrer no fim da vida da estrela.

Descobrir a composição química desses ventos e qual a influência dessa composição no processo de perda de material estelar é o projeto de doutorado de Graziela Keller, que conta com Bolsa da FAPESP.

O estudo é um dos que integram o Projeto Temático “Nebulosas fotoionizadas, estrelas e evolução química de galáxias”, coordenado por Walter Maciel, professor do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG) da USP, e financiado pela FAPESP.

Maciel está à frente de um grupo que estuda a evolução química das galáxias, ou seja, como os elementos químicos mudam com o tempo e com a posição dentro das galáxias. No Projeto Temático, o foco são as estrelas centrais de nebulosas planetárias.

“As mudanças vão depender da evolução com o tempo. Então, precisamos saber qual é a idade delas. Estamos calculando as variações da composição química, mas precisamos saber a que época da vida da galáxia elas se aplicam”, disse Maciel.

“A composição química atual da Via Láctea é diferente de 5 bilhões ou de 10 bilhões de anos atrás. Precisamos estudar objetos que tenham idades correspondentes a cada uma das fases da vida da galáxia e, para isso, é preciso calcular as idades de cada objeto em estudo”, explicou.

As estrelas centrais de nebulosas planetárias estudadas pelo grupo do IAG são fases muito evoluídas da vida de estrelas como o Sol. “Elas já perderam todo o ‘envelope’, isto é, a nebulosa planetária que estava ao redor delas. O que mostram agora em sua superfície é a composição química que antes ficava dentro da estrela, algo que não conseguimos enxergar”, disse Keller.

Ao observar essas estrelas, os pesquisadores obtêm informações que ajudam a testar e aperfeiçoar modelos de evolução e de estrutura de estrelas já descritos pela ciência.

A perda de material por meio dos ventos estelares se relaciona com a luminosidade das estrelas e, basicamente, é a decomposição da luz, por meio de espectroscopia, que conta do que uma estrela é feita. Com isso, cientistas calculam a metalicidade, ou seja, quais os elementos químicos a formam e em que quantidade. Esses dados podem ser usados para estimar a idade das estrelas.

Uma hipótese científica para explicar os ventos é a pressão de radiação: a luz gera uma pressão, empurrando o material das camadas mais externas da estrela. “Dependendo do elemento químico que estiver naquele material, a luz vai empurrar menos ou mais vento. Se soubermos quais são os elementos químicos presentes, podemos dizer se um modelo é capaz de gerar ou não a perda de massa que a gente observa”, disse Keller.

Para estudar os ventos, ela utilizou códigos de atmosferas estelares desenvolvidos por outros cientistas durante vários anos de estudo. Passou um ano na Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, para aprender a usar um programa computacional chamado CMFGEN, que a ajudou a fazer cálculos e determinar as características físicas de estrelas centrais de nebulosas planetárias.

“Esses códigos simulam o que estamos observando. Damos todas as características da estrela e o código nos devolve o espectro da estrela, ou seja, a divisão da luz nas diversas cores”, explicou Keller.

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Comparando os espectros devolvidos pelos códigos com o espectro observado, é possível determinar a massa da estrela, sua gravidade superficial, temperatura, luminosidade, taxa de perda de massa, a velocidade do vento e a composição química. “Se pudermos saber quais são os elementos químicos presentes na superfície dessas estrelas, poderemos determinar quais mecanismos de perda de massa são capazes de acelerar o que a gente observa”, disse.

Ainda dentro de seu doutorado, Keller estudou as instabilidades causadas pelo mecanismo de aceleração do vento. A força que empurra o vento é proporcional à aceleração desse vento. Quanto mais rápido o vento, maior a força que o empurra e vice-versa.

Esse processo aumenta a velocidade até criar choques no vento, o que provoca as chamadas inomogeneidades – característica de um corpo que não tem as mesmas propriedades em todos os pontos. No caso do vento, a movimentação gera regiões mais rarefeitas intercaladas com regiões mais densas. Essas inomogeneidades impactam no que se observa da estrela.

Para estudar esse aspecto dos ventos estelares, Keller utilizou outro tipo de código computacional, o H-DUST, desenvolvido pelo pesquisador Alex Carciofi, também do IAG-USP. Ele serve para simular o que ocorre com a luz da estrela quando ela passa pela atmosfera da estrela, mas é tridimensional.

Esses dados poderão ser comparados com os gerados pelo código CMFGEN usado por ela nos Estados Unidos, mostrando se o que ela adotou como inomogeneidade dos ventos na primeira parte de seu doutorado está próximo da previsão mostrada pelo sistema tridimensional do código de Carciofi.

Idade das estrelas
O Projeto Temático coordenado por Maciel desenvolveu também dois novos modelos para calcular a idade de estrelas localizadas no centro de nebulosas. A equipe já havia desenvolvido três métodos, cujos resultados foram publicados no início de 2010 na revista Astronomy and Astrophysics.

Inicialmente, eles analisaram uma amostra de 230 nebulosas entre as cerca de 2 mil nebulosas planetárias existentes na Via Láctea. Agora, no estudo “Kinematic Ages of The Central Stars of Planetary Nebulae”, publicado na edição impressa de outubro da Revista Mexicana de Astronomía y Astrofísica, o grupo apresenta os resultados da aplicação dos métodos cinemáticos que desenvolveram para calcular a idade das estrelas.

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“Pelo método cinemático, podemos calcular as idades com base em seus movimentos. As estrelas jovens em nossa galáxia giram em torno do centro da galáxia, mas não se movem muito na direção perpendicular. Com as estrelas mais velhas é o contrário: a velocidade maior se dá na direção perpendicular e menor na direção da rotação. Além disso, as velocidades das estrelas variam com o tempo de uma maneira conhecida”, explicou Maciel.

Os pesquisadores calcularam as idades para duas amostras, uma com 230 estrelas, montada pela própria equipe do IAG-USP, e outra de 900 estrelas de um catálogo internacional. Além de desenvolver os novos métodos, o objetivo dessa fase do estudo foi ampliar a amostra em relação ao trabalho já feito para comprovar a robustez do método desenvolvido pelos pesquisadores.

Assim como no primeiro estudo publicado em 2010, nesse segundo, usando amostras e métodos diferentes, os cientistas chegaram à conclusão de que a maior parte das estrelas centrais das nebulosas planetárias estudadas têm idades abaixo de 3 bilhões de anos. O Sol tem cerca de 4,5 bilhões de anos.

Fonte: Agência Fapesp.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Estudo explica como cordilheira 'misteriosa' se formou

Por mais de meio século, geólogos têm discutido sobre as origens de uma extraordinária cadeia montanhosa, encontrada sob o gelo do leste da Antártida e com quase 3 km de altitude. As montanhas de Gamburtsev, cujo nome homenageia o geofísico soviético que as descobriu em 1958, durante exploração no primeiro Ano Polar Internacional, têm 1,2 mil km de extensão e picos que alcançam os 2,7 mil m, entremeados por vales e depressões profundos.

A formação desta cordilheira é um dos muitos mistérios do grande continente branco. A cordilheira Gamburtsev se formou em um continente geologicamente antigo e há muito tempo livre de movimentações tectônicas que costumam dar origem às montanhas.

No entanto, seus picos pronunciados, semelhantes aos Alpes europeus, atestam claramente para sua formação recente, raramente tocada pelas forças erosivas do vento, da neve e da água. Em artigo publicado na edição desta quarta-feira da revista científica Nature, uma equipe internacional de cientistas afirma ter encontrado a chave para o enigma.

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Eles acreditam que a resposta esteja em uma rede de lagos e falhas no leito rochoso, espelhando de forma notável características encontradas nos trópicos africanos, a meio mundo de distância. "O sistema de falhas da Antártida oriental lembra uma das maravilhas do mundo, o sistema de falhas da África oriental", afirmou o chefe das pesquisas, Fausto Ferraccioli, do British Antarctic Survey (BAS).

"Ele fornece a peça que falta do quebra-cabeça que ajuda a explicar as Montanhas Subglaciais Gamburtsev. Descobriu-se que o sistema de falhas também contém os maiores lagos subglaciais da Antártida", acrescentou. O sistema de falhas foi encontrado graças a uma segunda exploração da cordilheira Gamburtsev, feita no último Ano Polar Internacional, que foi celebrado entre 2007 e 2009 para cobrir as estações nos dois pólos.

O projeto, que envolveu sete países, mapeou a topografia subglacial da Antártida centro-oriental, usando duas aeronaves Twin Otter, equipadas com radar de penetração e sensores para mapear alterações nos campos gravitacional e magnético da Terra. O que se propõe é uma narrativa de algo que ocorreu bilhões de anos atrás.

Sete minicontinentes colidiram para formar o supercontinente chamado Gondwana, criando uma cordilheira no ponto de impacto. Ao final do processo, a rocha que se ergueu neste impacto ruiu, sucumbindo ao próprio peso, e erodiu com o passar do tempo, deixando uma "raiz" subjacente na crosta.

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Seguiram-se dois períodos próximos de ruptura, em 250-100 milhões de anos atrás. Por força dos movimentos tectônicos, Gondwana se partiu novamente e criou-se uma fratura de 3 km na crosta do planeta, que se estende da Antártida oriental até a Índia sob o oceano. Combinada com as falhas, a "raiz" residual ajudou a erguer a terra onde agora está a Antártida oriental.

Ao fazê-lo, desenvolveu-se um extenso sistema de falhas e vales, cujos flancos passaram a ser cortados por rios, e então por geleiras, à medida que a Terra foi resfriando. Cerca de 34 milhões de anos atrás, as magníficas montanhas foram ocultas pelo manto de gelo da Antártida oriental, uma área do tamanho do Canadá. Como a Bela Adormecida, esta formação preservou sua misteriosa juventude.

"Estamos habituados a pensar que a formação das montanhas se relaciona a um único evento tectônico, ao invés de uma sequência de eventos", explicou Carol Finn, do Instituto Geológico americano (USGS, na sigla em inglês). "A lição que aprendemos sobre os eventos múltiplos que formaram as Gamburtsev pode influenciar a história de outras cadeias montanhosas", concluiu.

Fonte: Terra.

Brasil se junta a parceria que usa satélites contra desastres naturais

Imagens feitas do espaço orientam ações em casos de emergência.
Antes de ser oficial, parceria ajudou resgate nas chuvas de janeiro, no RJ.


O Brasil oficializou sua entrada em uma parceria internacional que compartilha dados de satélite de todo o mundo com o objetivo de combater desastres naturais: o Charter Internacional “Space and Major Disasters”.

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O acordo entre Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e as agências espaciais da Europa e da França foi assinado na última terça (8), durante uma cúpula sobre satélites de observação na cidade de Lucca, na Itália.

"Ao aderir ao Charter, o Inpe está mais preparado a ajudar a sociedade brasileira e internacional em caso de grandes catástrofes", acredita o diretor do Inpe, Gilberto Câmara.

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Na prática, foi apenas uma formalização, pois o Brasil já estava ligado ao projeto. Em janeiro, quando enchentes e deslizamentos arrasaram a região serrana do Rio de Janeiro, o Inpe usou imagens do consórcio para ajudar a Defesa Civil a coordenar as ações.

Como membro oficial, o Brasil terá acesso mais fácil e rápido a esse material. Em contrapartida, deve também oferecer dados para o charter internacional, que conta agora com 13 países integrantes.



Fonte: G1.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Alcoolismo aumenta o risco de morte por câncer, diz estudo

Morte por outras doenças ou por violência também crescem com vício.
Na adolescência, a bebida aumenta o risco de câncer de mama.


Uma pesquisa italiana mostra que o alcoolismo aumenta o número de mortes associadas a várias doenças diferentes, inclusive o câncer. O estudo será publicado pela revista médica “Alcoholism: Clinical & Experimental Research”.

A equipe do Instituto para o Estudo e a Prevenção do Câncer, em Florença, usou dados de alcoólicos que se trataram no centro de álcool da cidade entre abril de 1985 e setembro de 2001. Ao todo, 2.272 pessoas estavam nesse banco de dados, sendo 1.467 homens e 805 mulheres, a maioria de meia idade.

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“Nosso estudo trouxe fortes evidências de que o vício do álcool aumenta significativamente o risco de morte por várias causas, em comparação com a população geral de um país mediterrâneo”, informa Domenico Palli, autor da pesquisa.

“Os alcoólicos parecem ter um risco maior de morte por doenças específicas, como infecções, diabetes, doenças dos sistemas imunológico, nervoso, cardiovascular e digestivo, assim como por causas violentas”, enumera o pesquisador.

“O papel do álcool como um cancerígeno ‘dietário’ também ficou bem claro. Os maiores riscos foram encontrados nos cânceres de faringe, boca, fígado e laringe, mas o risco de outros cânceres – esôfago, reto, pâncreas e câncer de mama – também aumentou”, conclui.

As mulheres viveram mais tempo do que os homens analisados no estudo. Isso pode ser pelo fato de que elas se preocupam mais com a saúde e, na maior parte das vezes, começam o tratamento contra o alcoolismo antes dos homens.

Álcool e câncer de mama
A relação entre álcool e câncer, com foco nas mulheres, também foi abordada em outra pesquisa recente, publicada online pela revista “Cancer”.

Catherine Berkey, da Faculdade de Medicina Harvard, em Boston, nos EUA, estudou o comportamento de meninas com histórico de câncer de mama na família em busca de fatores de risco, além da hereditariedade.

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Comparando apenas as adolescentes cujas mães, avós ou tias tiveram o tumor, a pesquisadora concluiu que, quanto mais álcool a jovem consome, maior é o risco que ela tem de apresentar o tumor, seja ele benigno ou maligno. Estudos anteriores mostram também que, nos adultos, a bebida está entre os fatores de risco para o surgimento desse tipo de câncer.

“Nosso estudo sugere que as meninas adolescentes que já têm maior risco de câncer de mama pelo histórico familiar devem ter consciência de que evitar o álcool pode reduzir o risco de tumores benignos na juventude, o que deve significar um risco reduzido de câncer de mama durante a vida”, explica a autora da pesquisa.

Fonte:
G1.

Tatus invadem climas frios

Atitude surpreende cientistas que acreditavam que eles não se adaptariam a temperaturas mais baixas

Uma invasão blindada está em andamento em todo o centro-oeste dos Estados Unidos: tatus estão se mudando para novos territórios, uma vez considerados impróprios para criaturas de clima quente.

Há 20 espécies conhecidas de tatu, mas apenas uma – o tatu-galinha – se aventurou para fora da América Latina. A espécie chegou ao Texas, nos Estados Unidos, nos anos 1880 e vem se espalhando para novos habitats desde então.

Nos últimos anos, ele se estabeleceu do extremo leste (Carolina do Norte) ao extremo oeste (Ilinois), e algumas vezes é visto nos estados de Indiana e Iowa (no centro dos Estados Unidos).

Se a tendência continuar, alguns especialistas prevêem que o tatu será visto logo em locais tão ao norte como Washington D.C. ou até mesmo em Nova Jersey.

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Alguns cientistas sugerem que o aumento da temperatura causado por mudanças climáticas está permitindo que os tatus se mudem para novos habitats.Mas a especialista Colleen McDonough, bióloga da Universidade Estaudal de Valdosta, no estado da Geórgia, duvida que seja esse o motivo.

Para começar, os tatus tem se mudado consistentemente para o norte e para o leste do Rio Grande desde a última parte do século 19, explicou ela.

“Há diferentes hipóteses diferentes sobre o motivo – uma delas é que a expansão foi facilitada pelas práticas de uso da terra e pela remoção de grandes mamíferos predadores”. E completou: “'Como esse movimento tem sido consistente ao longo dos anos, acho que é uma continuação [de uma tendência de longo prazo] e não resultado direto das mudanças climáticas recentes”.

Tatus adaptáveis
Em vez das mudanças climáticas, McDonough suspeita que a capacidade de adaptação e a reprodução rápida estão alimentando a expansão dos tatus galinha. Animais onívoros podem fazer suas casas nas florestas, pastagens e até mesmo no subúrbio. Além disso, as fêmeas férteis podem começar a dar cria com apenas um ano e ter ninhadas de até quatro em cada ano. Obviamente tatus não são invencíveis, e o clima frio, no final, restringe sua expansão.

Os tatus galinha tem coberturas esparsas de pelos nas barrigas e suas carapaças os protegem dos predadores, mas não dos elementos naturais, afirmou McDonough, que também faz parte do grupo de especialistas em bichos-preguiça e tatus da União Internacional para Conservação da Natureza (na sigla em inglês IUCN).

Além do mais, os tatus não hibernam, ou seja, precisam procurar alimento no inverno. Contudo, “eles conseguem sobreviver por um período no frio ficando em suas tocas e abandonando o forrageamento [o ato de vasculhar o solo em busca de alimentos como formigas, largatas, cupins, entre outros] por um curto período”, explicou ela. E completou: “Tenho ouvido também de animais forrageando sobre uma cobertura de folhas embaixo de uma fina camada de neve no norte o Texas. Pode ser que isto aconteça também mais ao norte, mas em longos períodos de tempo gelado os tatus não ficariam bem”

Tatus podem causar impacto em novos habitats
Como a maioria dos intrusos, os tatus provavelmente irão causar algum impacto em seus novos habitats e esses efeitos não são sempre fáceis de prever.

Conhecidos por desenterrar larvas de insetos para alimentação, é possível que eles compitam por tais refeições com animais que vivem na região, como os gambás. Tatus também são conhecidos por atacar ninhos de diversas espécies e consequentemente podem prejudicar as populações de aves que fazem ninhos no chão, como a codorna.

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Qualquer um, no entanto, que busque manter o número de tatus baixo não terá uma tarefa fácil. “Não é fácil prendê-los e os predadores naturais são raros neste novo habitat, acrescentou McDonough.

Um fator positivo para os humanos, porém, é que o apetite dos tatus poderia manter algumas pragas de insetos, como formigas de fogo, controladas.

Então o quão longe o tatu irá? McDonough não está certa. “Ao longo das décadas, os cientistas criaram limites (para o alcance dos tatus), baseados na temperatura [e esses animais surpreenderam a maioria dos especialistas ultrapassando este limite”, McDonough acrescentou. E completou: “Odeio fazer previsões, por que eles continuam me surpreendendo”.

Fonte: iG.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Carne vermelha magra não aumenta o colesterol, aponta estudo

Retirar a capa de gordura da carne já reduz os riscos para o coração.
Carne brasileira é menos gordurosa e merece estudos locais.


Uma pesquisa recente aponta que a carne vermelha, por si só, não provoca aumento do colesterol e da pressão arterial, indicadores de risco para o sistema circulatório. Em geral, os cardiologistas recomendam consumo reduzido de bovinos e suínos justamente por causa do aumento desses valores.

O médico Iran Castro, do Instituto Cardiológico do Rio Grande do Sul, conta que as diretrizes vêm da década de 1980, quando se descobriu que o LDL – o colesterol ruim – estava relacionado a doenças coronarianas.

“O colesterol está na gordura animal, então presumiram que a carne animal faria mal”, resume o cardiologista.

Ele conta, porém, que é uma tendência recente na medicina fazer estudos para comprovar se a carne sem gordura também traz efeitos maléficos. Foi essa pergunta que a equipe do hospital em que ele trabalha, em Porto Alegre, tentou responder com um teste clínico.

Foram recrutados 70 voluntários entre os próprios funcionários do hospital. Durante cinco semanas, eles comeram 125 gramas de carne por dia, mais do que eles normalmente ingeriam. O corte escolhido foi o contrafilé, com toda a gordura visível retirada.

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“Não houve alteração do perfil lipídico”, relata Castro. O que ele defende, portanto, é que a retirada da capa de gordura da carne seja suficiente para controlar o colesterol, sem precisar cortar a carne do cardápio.

Corte da carne
O argumento de Castro é endossado também por Neura Bragagnolo, professora de engenharia de alimentos da Universidade Estadual de Campinas (SP) (Unicamp). “Isso faz toda a diferença para os níveis de colesterol”, diz a especialista, que pesquisa há anos o colesterol nos alimentos.

Ela colaborou com um estudo de 2006 que encontrou grande diferença entre a quantidade de colesterol encontrada nas carnes brasileiras e os índices presentes nos manuais norte-americanos. A quantidade de gordura encontrada no Brasil foi 25% menor.

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Para os autores daquele artigo, publicado pela Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas, os resultados “sugerem que é importante construir tabelas regionais de composição de alimentos”.

A principal diferença está no corte da carne. “As carnes americanas têm aquele mármore. As nossas não têm gordura interna”, compara Neura. “Tirar toda a gordura visível minimiza os efeitos”, completa a pesquisadora.

Os dois especialistas ressaltam, porém, que mesmo a carne magra deve ser consumida com moderação. Já as carnes com mais gordura embrenhada, como a costela e os embutidos, estão sim relacionados ao aumento do colesterol.

Fonte: G1.

Videogame aciona área do cérebro que também é ligada ao vício

Quem joga muito tempo tem atividade maior no sistema de recompensa.
Estudo foi publicado pela revista científica 'Translational Psichiatry'.


Adolescentes que passam muito tempo jogando videogames têm estruturas e níveis de atividade diferentes em áreas do cérebro ligadas à recompensa, descobriram cientistas, dando a entender que eles extraem mais dos jogos do que pessoas que tendem a jogar menos.

Em um estudo publicado no periódico "Translational Psychiatry" nesta terça-feira (15), pesquisadores analisaram ressonâncias magnéticas de mais de 150 jovens de 14 anos que jogam videogame moderada ou intensamente, e descobriram que os jogadores frequentes possuem um volume maior de matéria cinzenta em uma parte crucial de seus cérebros.

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Estudos anteriores haviam mostrado um elo entre o estriado ventral ligado à dopamina, uma estrutura do sistema de recompensa do cérebro, e os jogos de videogame ou apostas no computador, mas este é o primeiro a verificar volume e estrutura cerebral.

"Estes achados demonstram que o estriado ventral desempenha um papel significativo no ato de jogar videogame em excesso e contribui para nossa compreensão do vício comportamental", escreveram Simone Kühn, da Universidade de Gent, na Bélgica, e Juergen Gallinat, da Universidade Charité de Medicina, em Berlim, na Alemanha, em seu estudo.

Os videogames se tornaram imensamente populares nos últimos anos, em particular entre adolescentes. O uso semanal médio neste experimento foi de cerca de 12 horas por semana.

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Há um debate em andamento entre os médicos e pesquisadores sobre se o uso excessivo de videogames deve ser reconhecido como um vício e visto como forma de desordem mental.

Os pesquisadores alemães descobriram que os usuários intensos exibem diferenças estruturais em seus cérebros em comparação ao que jogam pouco, mas não foram capazes de dizer se isto foi causado pela ânsia de jogar ou por uma mudança ocorrida em decorrência de seu hábito.

Henrietta Bowden- Jones, da divisão de neurociência do Imperial College de Londres, disse que as descobertas são altamente relevantes para os clínicos porque "estreitam ainda mais o fosso" entre o videogame e outros vícios, dando aos especialistas uma compreensão melhor das opções de tratamento de longo prazo.

"O próximo e empolgante passo será determinar, assim como com outros vícios, se as diferenças volumétricas são uma causa do comportamente humano excessivo", disse ela.

Fonte: G1.

domingo, 20 de novembro de 2011

Pequena Idade do Gelo causou crise europeia nos anos 1600

Estudo é o primeiro a verificar cientificamente relação de causa e efeito entre mudança climática e crise humana em larga escalaMarcada por guerras, inflação, fome e diminuição da população humana, os anos 1600 ficaram conhecidos como a grande crise da Europa. Mas, enquanto historiadores têm colocado a culpa dessas tumultuadas décadas na transição entre feudalismo e capitalismo, um novo estudo aponta para outro culpado: o período conhecido como a Pequena Idade do Gelo.

A Pequena Idade do Gelo freou a produção agrícola e terminou por levar à crise europeia segundo os autores do estudo que afirmam ser este o primeiro trabalho a verificar cientificamente uma relação de causa e efeito entre uma mudança climática e uma crise humana em larga escala.

Antes da revolução industrial, todos os países europeus eram basicamente agrários, e como assinalou um dos autores da pesquisa David Zhang: “Nas sociedades agrícolas, a economia é controlada pelo clima [uma vez que ele dita as condições de crescimento”.

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A equipe liderada por Zhang, da Universidade de Hong Kong, se debruçou sobre os dados da Europa e outras regiões do Hemisfério Norte entre 1500 a 1800. Eles compararam dados climáticos, como por exemplo a temperatura com tamanho da população, taxas de crescimento, guerras e também outros distúrbios sociais, como produção agrícola e fome, preços dos grãos e salários.

Os autores dizem que alguns efeitos, como escassez de alimentos e problemas de saúde, mostraram-se quase que imediatamente entre 1560 e 1660 – o período mais duro da Pequena Idade do Gelo – durante o qual o processo de crescimento das áreas cultivadas diminuiu.

Assim como a terra arável diminuiu, o mesmo aconteceu com a população europeia segundo o estudo. Os pesquisadores também constataram que no final dos anos 1500, a altura média da pessoas caiu cerca de dois centímetros, seguindo a curva de queda da temperatura, devido ao aumento da desnutrição e somente voltou a subir quando as temperaturas aumentaram depois de 1650.

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Outros efeitos – como a fome, a Guerra dos 30 anos (1618-48), ou a conquista dos Manchú da China – levaram décadas para se manifestar. “A temperatura não é uma causa direta para a guerra ou para a perturbação social”, afirmou Zhang. E completou: “A causa direta para a guerra e perturbação social é o preço dos grãos. Por isso dizemos que que a mudança climática é a causa final”.

O novo estudo é uma lição de história e um alerta segundo os pesquisadores. [Conforme nosso clima muda devido ao aquecimento global] os países em desenvolvimento vão sofrer mais, por que a maior parte da população desses países depende da produção agrícola”, conclui Zhang.

A pesquisa foi publicada online pelo periódico científico Proceedings of National Academy of Sciences (PNAS).

Fonte: iG.

Mudança climática ameaça rios Nilo, Limpopo e Volta, na África

Segundo especialistas, época das estações chuvosas pode mudar, ameaçando a agricultura

A mudança climática deve elevar o regime de chuvas em grandes bacias fluviais do mundo, mas os padrões meteorológicos tendem a se tornar mais instáveis, e a época das estações chuvosas pode mudar, ameaçando a agricultura, disseram especialistas nesta segunda-feira.Além do mais, algumas bacias fluviais da África - a do Limpopo, no sul do continente, do Nilo, no norte, e do Volta, no oeste - ficarão propensas a receber menos chuvas do que atualmente, o que afetará a produção de alimentos e provocará tensões internacionais.

A perspectiva é particularmente ruim na bacia do Limpopo, que abrange partes de Botsuana, África do Sul, Zimbábue e Moçambique, numa área habitada por 14 milhões.

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"Em algumas partes do Limpopo, nem mesmo a adoção disseminada de inovações como a irrigação por gotejamento pode ser suficiente para contrabalançar os esforços negativos da mudança climática sobre a disponibilidade hídrica", disse Simon Cook, do Centro Internacional de Agricultura Tropical.

As preocupações para o Alto Nilo Azul, que passa por Etiópia, Sudão e Egito, resultam principalmente da evaporação intensa que deveria advir do aumento previsto de 2ºC a 5ºC nas temperaturas médias globais. Cientistas do Programa Desafio para Água e Comida (PDAC), uma entidade mundial de pesquisas agrícolas, disseram que isso pode causa atritos entre o Egito e a Etiópia.

A pesquisa sobre dez grandes bacias fluviais do mundo, incluindo grandes áreas da América do Sul e Ásia, foi divulgada a poucos dias de uma conferência climática global importante a ser realizada em Durban, na África do Sul.

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Em geral, o relatório concluiu que o aumento da evaporação, em consequência do maior calor, será compensado pela intensificação das chuvas. Ligeiras alterações nas épocas de chuvas e estiagem, mantidas intactas nos últimos séculos, "criarão um pesadelo gerencial e exigirão um foco muito maior do que era historicamente necessário em abordagens adaptativas e projeções climáticas de longo prazo", disse Alain Vidal, diretor do PDAC.

"A mitigação de inundações e as estratégicas de gestão serão cruciais em áreas com clima cada vez mais errático e com mais enxurradas, como o Limpopo e o Volta."

Fonte:
iG.

sábado, 19 de novembro de 2011

Sistema solar pode ter tido cinco planetas gigantes em sua origem

Estudo afirma que quinto planeta gigante teria sido expulso do sistema solar em período de instabilidade, há 600 milhões de anosO sistema solar pode ter tido em suas origens um planeta gigante a mais além dos quatro atuais, que foi ejetado por uma mudança de órbita de Júpiter, de acordo com um estudo divulgado nesta sexta-feira (11) pela revista "The Astrophysical Journal Letters".

O artigo, escrito por David Nesvorny, do Southwest Research Institute, descreve o sistema solar há 600 milhões de anos como um lugar caótico no qual os planetas e as luas provocavam deslocamentos entre si devido a órbitas instáveis.

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Nesvorny desenvolveu simulações de computador baseadas em uma análise do conjunto de pequenos corpos conhecidos como Cinturão de Kuiper e das crateras da lua. O dinamismo em transformação das órbitas dos planetas gigantes e dos corpos pequenos fez com que os corpos celestes se dispersassem para diferentes lugares.

Alguns corpos pequenos foram na direção do Cinturão de Kuiper e do Sol e outros viajaram para dentro, gerando vários impactos entre os planetas e as luas. Os planetas gigantes também se moveram. Júpiter deslocou para o interior do sistema solar e deslocou vários planetas, enquanto Urano e Netuno se movimentaram para o exterior.

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Entretanto, Nesvorny detectou um problema neste modelo, pois se for aceita a teoria de que Júpiter mudou de órbita de maneira súbita quando se afastou de Urano e Netuno durante o período de instabilidade na zona externa do sistema solar, a conclusão é de que estes últimos planetas teriam ficado fora do sistema.

"Algo estava errado", ressaltou. Para achar uma saída para esta encruzilhada, o pesquisador decidiu introduzir nas simulações cinco planetas gigantes ao invés dos quatro atuais (Júpiter, Urano, Netuno e Saturno).

"A possibilidade de que o sistema solar tenha tido mais de quatro planetas gigantes inicialmente, e expulsou um, parece ser mais concebível de acordo com as recentes descobertas de um grande número de planetas flutuando livremente no espaço interestelar, o que demonstraria que o processo de expulsão planetária seria bastante comum", disse o astrofísico.

Fonte: iG.

Estudo: cérebros de crianças autistas têm mais neurônios

As crianças autistas têm mais neurônios e apresentam um cérebro mais pesado que as demais, revela um estudo publicado nesta terça-feira no Journal of the American Medical Association (JAMA).

O estudo, baseado em análises de cérebros de crianças autistas falecidas, sugere que a anomalía na zona pré-frontal do cérebro pode ter origem no útero, destacam seus autores.

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Os cientistas examinaram os cérebros de sete crianças autistas, com entre 2 e 16 anos, a maioria morta por afogamento. Ao comparar os cérebros dos autistas com os de outras crianças, a maioria morta em acidentes de trânsito, os pesquisadores encontraram 67% mais neurônios no córtex pré-frontal e 17,7% mais peso, em média, no primeiro grupo.

"Já que os neurônios corticais não são gerados após o nascimento, este aumento patológico no número de neurônios em crianças autistas indica causas pré-natais", destaca o estudo.

O córtex pré-frontal é responsável pela linguagem, comunicação e comportamentos como o ânimo, a atenção e as habilidades sociais. Habitualmente, as crianças autistas têm problemas nestas áreas.

"Os fatores que normalmente organizam o cérebro parecem estar desconectados", destacam Janet Lainhart, da Universidade de Utah, e Nicholas Lange, da faculdade de Medicina e Saúde Pública de Harvard.

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"Devido ao fato de que os neurônios em todas as zonas do cérebro, exceto no bulbo olfativo e no hipocampo, são gerados antes do nascimento, estas descobertas se somam à crescente evidência biológica de que a neuropatologia do desenvolvimento do autismo começa antes do nascimento, possivelmente em todos os casos".

Estudos prévios sugeriam que os sinais clínicos do autismo tendem a convergir com um período de crescimento anormal da cabeça e do cérebro que começa a ser evidente entre os nove e os 18 meses.

O autismo inclui um amplo espectro de diferentes desenvolvimentos, desde a dificuldade para as relações sociais até a incapacidade de comunicação, passando pela execução de movimentos repetitivos, extrema sensibilidade a certas luzes e sons e problemas de comportamento.

Fonte:
Terra.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Uso de resíduos é aposta para geração de energia na Alemanha

Energia gerada por biomassa ganha destaque nas pesquisas.
Estrume de animais e restos de madeira são alternativas em estudo.


Importantes centros de pesquisas da Alemanha perseguem a meta de desenvolver formas de gerar energia elétrica a partir de mecanismos limpos capazes de substituir a potência energética de complexos atômicos, que serão desligados pelo governo alemão até 2022.

A intenção é aumentar a potência instalada de 56,5 GW dos meios renováveis para 163,3 GW até 2050, segundo estimativa feita pelo Ministério do Meio Ambiente do país.

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Ainda sem um valor total de investimentos, há planos de implantar novas turbinas eólicas no mar e na terra, expandir o uso de hidrelétricas, elevar a participação da geração de energia solar e iniciar uso da tecnologia geotérmica (nascentes de água quente, como os gêiseres, ou mesmo utilizando o calor do interior da crosta terrestre).

Além disso, cientistas tentam aperfeiçoar tecnologias para geração de energia por biomassa ou biogás que empregam estrume de animais, restos de alimentos ou materiais desperdiçados na atividade madeireira para aquecer e iluminar moradias.

Alternativa
De acordo com Ursula Eicker, da Universidade de Ciências Aplicadas de Stuttgart, em Baden-Württemberg, o emprego da geração de energia de biomassa é um dos que mais vai crescer entre a população, principalmente pelo seu custo mais baixo.

Enquanto se gasta 10 mil euros para instalar placas de captação de luz solar para aquecimento de água e do ambiente interno da residência, uma miniusina de biomassa movida a pellets (pequenos pedaços de madeira) custaria 7 mil euros.

“Além de ser mais barata, a vantagem é que o consumo de energia elétrica por biomassa pode ocorrer todos os dias, diferentemente da solar, que é prejudicada em dias nublados”, disse a especialista.

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Os pellets, extraídos de pinheiros plantados para esta finalidade, já são substituídos em áreas agrícolas por estrume de animais, gramíneas ou gordura de abatedouros, que viram combustíveis sólidos na geração de luz elétrica e calefação.

Melhorias

O emprego destes materiais é alvo de estudo no Instituto Estadual de Engenharia Agrícola e Bioenergia da Universidade de Hohenheim.

Segundo Hans Oechsner, coordernador do centro de pesquisa, já existem atualmente 7 mil plantas de biomassa em áreas agrícolas na Alemanha que geram constantemente 2,5 GW de potência, o equivalente a duas usinas nucleares. “Entretanto, essas miniplantas estão descentralizadas. Por isso, estudamos formas de armazenamento dessa energia gerada e de como concentrá-la”, disse Oechsner.Ele comenta que o uso de plantas gramíneas poderia substituir a falta de estrume em alguns casos. Segundo o Hans, que é doutor em Ciências Agrícolas, em toda a Alemanha existem 20 mil km² de plantações de gramíneas voltadas apenas para a geração de energia.

“Um hectare de grama equivale ao uso de até 6 mil litros de óleo utilizados para aquecer uma casa durante dois anos. É uma redução de 20 toneladas de CO2 por ano”, afirma.

A universidade estuda firmar convênio com instituições brasileiras para levar este tipo de geração de energia a localidades agrícolas que ainda não são abastecidas pela rede pública de distribuição. “Temos interesse na cooperação, principalmente no uso do estrume”, explica.

Fonte: G1.

Aquecimento dos oceanos influencia queimadas na Amazônia, diz estudo

Artigo diz ainda que cientistas criaram ferramenta que prevê período crítico.
Texto foi publicado nesta quinta-feira pela revista 'Science'.


Cientistas norte-americanos desenvolveram uma metodologia que prevê com pelo menos seis meses de antecedência se o período de queimadas na floresta amazônica será grave a partir da medição da temperatura dos oceanos Pacífico e Atlântico.

O estudo, publicado nesta quinta-feira (10) pela revista “Science”, analisou dez anos imagens do satélite Modis, da Agência espacial norte-americana (Nasa) e utilizado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) para analisar o desmatamento do bioma e os focos de calor que atinge a floresta em tempo real.

Segundo o artigo, os anos de 2005, 2007 e 2010 foram os que tiveram grave estiagem e que registraram recorde no número de queimadas nos principais estados da Amazônia Legal e no departamento (estado) de El Beni, na Bolívia, coincidiram com o aumento da temperatura nos oceanos Pacífico e Atlântico, em decorrência do fenômeno climático denominado “El Niño”, classificado pelos estudiosos como uma anomalia.

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Baseado nisso, foi constatado que o aquecimento da superfície do mar afasta a Zona de Convergência Intertropical sobre a porção norte da América do Sul, responsável pela formação de chuvas na região e que, por isso, impacta no regime pluvial da região.Anomalia climática
Segundo Douglas Morton, pesquisador do Departamento de Ciências Biosféricas da agência espacial americana (Nasa), o resultado do estudo foi inesperado, pois percebeu-se que o clima influenciava muito mais nas queimadas do que se imaginava.

“Pudemos perceber a influência desta anomalia principalmente na porção leste e na região sul, considerado o arco do desmatamento (entre Rondônia, Amazonas e Mato Grosso). Felizmente, o que descobrimos também é que este fenômeno ocorre em períodos que antecedem de três a seis meses o início das queimadas. Isso nos permite criar uma forma de planejamento para combater as queimadas no país”, afirma Morton ao Globo Natureza.

O período de forte registro de incêndios na floresta (principalmente no cerrado e na Amazônia) normalmente se inicia em junho.

Parcerias
De acordo com Morton, após o desenvolvimento desta ferramenta o próximo passo será coordenar uma parceria entre a comunidade científica e os governos sul-americanos para que essas informações cheguem e que ocorra a preparação de equipes de combate a incêndios.

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Ele afirma ainda que ações para reduzir o desmatamento e as emissões de carbono por conta da retirada de mata nativa deveriam ser mais incrementadas por meio de programas conhecidos como REDD+ (Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação). “Não somente para o Brasil, mas para todas as florestas tropicais”, explica.

No Brasil, segundo o sistema de monitoramento de queimadas e incêndios no Inpe, entre 1º de janeiro e 9 de novembro de 2010 foram registrados 185.316 focos de calor. No mesmo período deste ano, o número caiu para 113.915 (queda de 38%), sendo que 32.336 ocorreram na Amazônia Legal.


Fonte:
G1.



 
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