Empresas apostam seu próprio dinheiro em expedições caras e repartem eventuais lucros
Exploradores do mar descobriram um novo tesouro naufragado, que eles planejam recuperar do fundo do Atlântico Norte. Partindo da Irlanda em 1917, um torpedo alemão afundou o navio a vapor britânico Mantola, lançando a embarcação e sua carga de estimadas 20 toneladas de prata no leito oceânico a uma profundidade de mais de 1.600 m. Em valores atuais, poderia valer cerca de US$ 18 milhões.
A Odyssey Marine Exploration, sediada em Tampa, Flórida, disse que no mês passado confirmou visualmente a identidade com um robô comandado por cabo durante uma expedição e que foi contratada pelo Departamento Britânico de Transportes (sucessor do Ministério de Transporte de Guerra) para recuperar suas riquezas perdidas.
Em anos recentes, governos endividados começaram a procurar cargas perdidas como uma forma de levantar recursos. Eles fazem isso porque a última geração de robôs, luzes, câmeras e garras consegue suportar a pressão esmagadora do fundo do mar e abriu um novo mundo de possibilidades para a recuperação de naufrágios.
''Muitas das oportunidades novas e interessantes estão se apresentando por si só’', disse Greg Stemm, presidente da Odyssey. Ele acrescentou que a nova descoberta é a segunda descoberta de naufrágios no fundo do mar da empresa para o governo britânico este ano.
Em tais acordos, empresas privadas apostam seu próprio dinheiro em expedições caras e repartem eventuais lucros. Neste caso, a Odyssey deve receber 80 por cento do valor da prata e o governo britânico, 20 por cento.
O plano é tentar a recuperação no segundo trimestre do ano que vem, junto com a descoberta anterior.
No mês passado, a Odyssey anunciou que havia descoberto o navio a vapor inglês Gairsoppa próximo à Irlanda e estimou que sua carga girava em torno de 240 toneladas de prata – o tesouro vale mais de US$ 200 milhões. O Gairsoppa foi torpedeado em 1941.
Ambos os navios foram propriedade da British Indian Steam Navigation Co. e ambos foram descobertos pela Odyssey durante expedições nos últimos meses. A Odyssey disse que o naufrágio do Mantola em 1917 obrigou o governo britânico a pagar uma reivindicação de seguro de cerca de 600 mil onças de prata, ou mais de 20 toneladas.
Stemm disse que a prata do Mantola deveria ser ''um grande alvo para testar novas tecnologias’' de recuperações de grandes profundezas marítimas.
O Mantola tinha menos de um ano quando, em 4 de fevereiro de 1917, ele partiu de Londres em sua última viagem, para Calcutá. De acordo com a Odyssey, o navio levava 18 passageiros, 165 tripulantes e cargas diversas. O capitão era David James Chivas, sobrinho-neto dos irmãos Chivas, conhecidos pela marca escocesa de uísque Chivas Regal.
Depois de quatro dias no mar, um submarino alemão disparou um torpedo e o navio afundou, com poucas vítimas.
Em uma expedição no mês passado, a Odyssey submergiu um robô comandado a cabo que localizou o naufrágio. As evidências incluíam as dimensões do navio, seu formato e um painel de letras pintadas na popa que encaixava as palavras 'Mantola’ e 'Glasgow’, o porto de partida do navio.
Fotografias mostram o casco coberto de 'estalactites’ de ferrugem, que parecem sincelos de geada, só que amarronzados. Uma figura mostra uma grande criatura marinha pairando próxima à embarcação.
Fonte: iG.
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